
Pesquisadores do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos desenvolveram um sistema capaz de purificar a água sem o uso de cloro, um dos meios de tratamento mais utilizados. O uso do cloro, apesar de não trazer grandes perigos ao corpo humano, pode gerar subprodutos tóxicos à saúde.
De acordo com os pesquisadores, o dispositivo realiza o tratamento da água com o uso de peróxido de hidrogênio, popularmente conhecido como água oxigenada. O modo de purificação não é exatamente uma novidade, mas financeiramente inviável, explica o professor do Instituto de Química de São Carlos, Marcos Lanza.
“O uso de peróxido de hidrogênio para o tratamento de água, em larga escala, é muito caro, e por isso é pouco utilizado nas estações. Nós desenvolvemos esse dispositivo pensando justamente em baratear o custo do reagente.”
O dispositivo tem a capacidade de monitorar os níveis de hidrogênio em tempo real, podendo ajustá-los se necessário. Além de tratar a água, o aparelho também pode servir em finalidades industriais, como por exemplo na indústria química e na produção de papel.
A preferência do uso do cloro na grande maioria das estações de tratamento também se deve ao tempo de durabilidade do peróxido de hidrogênio, que é considerado curto. O projeto ainda não está disponível no mercado, mas os pesquisadores da USP relatam que já foram procurados por empresas sobre a situação da patente do dispositivo.
*Estagiário sob supervisão de Mariana Niederauer
Ciência e Saúde
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