EMPURRÃOZINHO

Xingar no fim da série é bom! Pesquisa mostra como palavrão ajuda no treino

Estudo desenvolvido no Reino Unido mostra como falar palavrões ao se exercitar pode aumentar foco e autoconfiança

A pesquisa mostra que xingar pode não fornecer força extra, mas diminuir os freios mentais -  (crédito: Reprodução/Freepik)
A pesquisa mostra que xingar pode não fornecer força extra, mas diminuir os freios mentais - (crédito: Reprodução/Freepik)

Um palavrão pode fazer a diferença naquele instante em que o auge do limite físico foi alcançado durante um exercício. É o que mostra um estudo desenvolvida por pesquisadores da Keele University, no Reino Unido, e publicado na última quinta-feira (18/12) na revista científica American Psychologist.

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A pesquisa mostra que xingar pode não fornecer força extra, mas diminuir os freios mentais. A conclusão foi alcançada após a análise de 300 participantes. Foi atestado que os palavrões aumentam foco, autoconfiança e sensação de imersão na tarefa. Isso reduz as limitações dos praticantes. Diminui, também, a competição com pensamentos paralelos que competem com a tarefa. 

Durante os experimentos, os participantes sustentaram os pesos dos próprios corpos durante um maior montante de tempo ao repetirem um palavrão. Inclusive, em comparação a momentos em que proferiram palavras neutras. Após uma análise agregada de três estudos, foi registrado um aumento no tempo médio do exercício. Foi de 25,4 segundos para 28 segundos. Ou seja, 10% a mais de resistência.

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Os autores relataram, em entrevista à revista científica, que xingar auxilia na entrada de um estado psicológico de desinibição. Nesse ponto, normas sociais e autocríticas perdem força de forma momentânea. "Em muitas situações, as pessoas se contêm — consciente ou inconscientemente — e acabam não usando todo o potencial disponível", escreveram os autores. 

O palavrão não atua diretamente como um estimulante fisiológico direto. O efeito se torna possível mesmo livre de um aumento significativo de marcadores de excitação física. Foi destacado que o ato é mais efetivo em tarefas curtas, intensas e que exigem superar hesitação ou autocontrole excessivo. Estão incluídos também exercícios de reabilitação e situações de pressão. 

O estudo, além disso, apontou limitações próprias. A ausência da possibilidade de cegar os participantes abriu espaço para efeito expectativa. Os experimentos, também, envolveram apenas tarefas curtas e específicas. Foi alertado ainda que o ato de xingar não substitui treinos e preparo físico. Funciona apenas como recurso psicológico pontual. 

  

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postado em 28/12/2025 21:02
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