COmo assim?

Médico acusa a própria mãe por morte da esposa: "Eu seria o próximo"

Luiz Garnica, investigado pela morte da esposa, responsabiliza a mãe por dois envenenamentos na família e diz que também estava na mira

Médico Luiz Garnica e sua mãe -  (crédito: Reprodução/Instagram)
Médico Luiz Garnica e sua mãe - (crédito: Reprodução/Instagram)

 Investigado pela morte da esposa, Nathalia Garcia, o médico ortopedista Luiz Garnica, de 37 anos, agora responsabiliza a própria mãe, Elizabete Arrabaça, pelos dois assassinatos ocorridos em sequência na família, e acredita ter escapado por pouco de um envenenamento planejado.

Nathalia e Larissa Rodrigues, irmã de Luiz, morreram com pouco mais de um mês de diferença, ambas após ingerirem chumbinho, um veneno altamente tóxico. A confirmação veio após laudos toxicológicos, incluindo a exumação do corpo de Larissa. O que parecia um acaso, agora se desenha como um possível crime em série, com a matriarca no centro das investigações.

Em relato obtido pela EPTV e divulgado pelo UOL, o médico alegou que a motivação do assassinato da esposa seria relacionada a herança, embora não tenha conseguido explicar por que a irmã também teria sido alvo. "Acredito que, depois de tudo isso, eu seria o próximo, até pela quantia que ela precisava. Se ela teve coragem de matar a própria filha, que morou com ela a vida toda, qual a dificuldade de me matar também?", desabafou Luiz.

Ele também compartilhou a angústia de conviver com essa possibilidade. “É muito difícil você pensar que a pessoa que te criou e criou suas irmãs é capaz de fazer uma coisa dessa, tanto com a própria filha ou a sua esposa”, completou, visivelmente abalado.

Elizabete, por sua vez, negou envolvimento nos crimes durante interrogatório. Em seu depoimento, tentou afastar qualquer responsabilidade, mesmo levantando suspeitas sobre o estado de saúde da nora. “Ela tinha tremor nas duas mãos [...] Eu tive dengue na cadeia e pensava: ‘Será que não tinha alguma coisa nesse remédio da Nathalia?’. Mas, depois, eu pensei bem e falei: ‘É impossível isso, não tem cabimento, porque a Nathalia não teria condição, pelo tremor dela, de pôr alguma coisa’”, afirmou.

Apesar das semelhanças, as investigações seguem em dois inquéritos separados, segundo informou o delegado Fernando Bravo, responsável pelo caso. “Até então nós não tínhamos nenhuma posição a respeito da morte da Nathália, mas com o laudo está claro que houve um crime macabro. Inicialmente, a suspeita é a própria mãe, mas a investigação corre no sentido de saber se há o envolvimento de outras pessoas”, disse o delegado em coletiva de imprensa no dia 19 de junho.

 

FM
postado em 27/06/2025 09:37
x