
A filha número dois de Silvio Santos, Silvia Abravanel, se posicionou de forma contrária às irmãs, que atualmente controlam a emissora após a morte do patriarca, em agosto de 2024. Silvia classificou a iniciativa como algo que exige cautela e alertou: “Pode ser um tiro no pé”.
O SBT transmitiu, na virada do ano, o festival gospel Vira Brasil 2025, e atualmente exibe nas manhãs o programa Bom Dia Esperança, comandado por Deive Leonardo. Mas, para Silvia, essas mudanças na grade precisam ser dosadas. “O dono da emissora era judeu. Vários e vários pastores chegaram a entrar em contato querendo comprar horário, mas ele era judeu. Agora, minhas irmãs são evangélicas, de repente pode abrir um espaço ou outro como foi feito agora no final do ano, que foi maravilhoso”, declarou ela em entrevista a Antônio Tabet.
Silvia defendeu a presença de Deus na programação, mas com limites. “Acho que Deus é sempre bem-vindo em toda a programação, mas aquela coisa: inflar demais não agrada todos os públicos, mesmo porque todo mundo sabe que o dono da emissora é judeu”, reforçou. Para ela, insistir em uma linha editorial fortemente religiosa pode afastar o público tradicional da emissora.
A apresentadora foi direta ao apontar os riscos: “Você começar a colocar coisas que são convergentes ao pensamento que ele [Silvio Santos] era, muitas pessoas que são fiéis à emissora podem ver isso não com bons olhos. Isso pode ser uma faca de dois gumes. Pode ser um tiro no pé”.
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Apesar da crítica, Silvia não descartou completamente a inclusão de conteúdos religiosos, desde que sejam esporádicos. “Gosto, acho bonito, mas assim, pontuais. Não uma coisa como ‘vai ter um programa evangélico no SBT’, não, porque não são todas as pessoas que vão assistir, que vão seguir aquilo, porque hoje em dia tem um milhão de religiões no Brasil. Acho que o SBT não casaria bem”, finalizou.
Fabiano Moraes
Fabiano Moraes
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