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Bia Miranda aparece dançando após operação policial revirar sua casa

Investigada por envolvimento em esquema bilionário de apostas ilegais, influenciadora surge nas redes com coreografia poucas horas após ação da Polícia Civil

Bia Miranda -  (crédito: Reprodução/Instagram)
Bia Miranda - (crédito: Reprodução/Instagram)

Horas depois de ver sua residência ser alvo de uma operação da Polícia Civil, a influenciadora Bia Miranda, de 20 anos, surgiu dançando nas redes sociais como se nada tivesse acontecido. A neta da cantora Gretchen está no centro de uma investigação que apura um esquema bilionário envolvendo jogos de azar, lavagem de dinheiro e estelionato, conforme revelou a Operação Desfortuna, deflagrada nesta quinta-feira (7).

Ao todo, 31 mandados de busca e apreensão foram cumpridos simultaneamente no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. A ação mirou 13 influenciadores digitais e dois empresários suspeitos de movimentar cerca de R$ 4,5 bilhões em um esquema de apostas ilegais com atuação nacional. Durante as diligências, os agentes apreenderam carros de luxo, joias, relógios de grife e equipamentos eletrônicos, itens que, segundo a polícia, eram adquiridos com os lucros da atividade criminosa.

Entre os investigados está Bia Miranda, que acumula mais de 8,7 milhões de seguidores. Seu ex-namorado, o DJ Rafael Buarque, também aparece como suspeito no inquérito. Pouco após a operação, a ex-A Fazenda publicou vídeos exibindo os estragos deixados pela busca em sua casa, como a torre do computador destruída e maquiagens reviradas. “Meu Deus, minhas maquiagens”, comentou. Mas a surpresa maior veio logo em seguida: a influenciadora publicou vídeos fazendo dancinhas e aparentando não se abalar com o caso.

De acordo com o delegado Renan Mello, responsável pela investigação, os envolvidos promoviam plataformas de jogos online com funcionamento semelhante ao de cassinos, hospedadas fora do Brasil para escapar da regulamentação. “A promoção feita por influenciadores nas redes sociais para público brasileiro é crime”, destacou. Ele ainda explicou que os lucros eram disfarçados com rendimentos de publicidade, dificultando o rastreamento da origem do dinheiro.

A operação teve origem em denúncias feitas por seguidores lesados após perderem valores em apostas incentivadas pelos próprios criadores de conteúdo, que promoviam as plataformas com promessas irreais de lucro. “A maioria das pessoas perde, e, quando alguém ganha, muitas vezes nem consegue sacar o valor”, afirmou o delegado.

 

 
 

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FM
postado em 08/08/2025 10:57
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