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Após vencer processo na justiça, Nintendo encerra dois emuladores

A Tropic Haze foi acusada de facilitar a pirataria do último jogo de Zelda

Depois de um longo processo judicial, o acordo terminou com a Tropic Haze tendo que pagar U$2,4 milhões para a gigante japonesa. -  (crédito: Reprodução/Nintendo/TropicHaze)
Depois de um longo processo judicial, o acordo terminou com a Tropic Haze tendo que pagar U$2,4 milhões para a gigante japonesa. - (crédito: Reprodução/Nintendo/TropicHaze)
postado em 05/03/2024 09:22

Depois de um processo judicial do qual saiu vencedora, a Nintendo encerrou dois emuladores e obrigou a criadora deles, a Tropic Haze, a pagar uma multa de US$ 2,4 milhões, quase R$ 12 milhões. Os emuladores encerrados foram Yuzu, criado para rodar jogos de Nintendo Switch, e Citra, que rodava jogos de Nintendo 3DS, ambos consoles portáteis da Big N.

A equipe da Tropic Haze encerraram de imediato o suporte aos emuladores. A acusação da Nintendo foi sobre facilitar pirataria com os emuladores. Já houve outros episódios da empresa brigando judicialmente por conta de sua propriedade intelectual, mas dessa vez a empresa trouxe até uma escala de comparação no tribunal apontando que The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom foi pirateado mais de 1 milhão de vezes — algumas antes mesmo do lançamento oficial do jogo —, o que resultou em fóruns cheios de spoilers sobre a trama do jogo.

Segunda a IGN, que obteve acessoa alguns documentos do processo, uma das principais alegações da Nintendo era que Yuzu tinha como principal objetivo burlar a criptografia da plataforma para permitir que os jogos da Nintendo rodassem dispositivos como o Steam Deck.

Depois de perder o processo a Tropic Haze veio à público fazer um pronunciamento sobre o caso. “Escrevemos hoje para informar que o suporte ao Yuzu e Citra será descontinuado, com efeito imediato. Yuzu e sua equipe sempre foram contra a pirataria. Iniciamos os projetos de boa fé, por paixão pela Nintendo e seus consoles e jogos, e não tínhamos a intenção de causar danos. Mas vemos agora que, como os nossos projetos podem contornar as medidas de proteção tecnológica da Nintendo e permitir que os utilizadores joguem jogos fora do hardware autorizado, eles levaram a uma pirataria extensiva", diz o comunicado. 

A Tropic diz que ficou "profundamente desapontada quando os usuários usaram nosso software para vazar conteúdo do jogo antes de seu lançamento e arruinar a experiência de compradores e fãs legítimos". 

“Chegamos à decisão de que não podemos continuar a permitir que isso ocorra. A pirataria nunca foi a nossa intenção e acreditamos que a pirataria de videojogos e de consoles de videojogos devem acabar. A partir de hoje, deixaremos nossos repositórios de código off-line, descontinuaremos nossas contas Patreon e servidores Discord e, em breve, fecharemos nossos sites. Esperamos que as nossas ações sejam um pequeno passo para acabar com a pirataria das obras de todos os criadores. Obrigado por seus anos de apoio e por compreender nossa decisão”, encerrou a Tropic Haze, se despedindo de sua comunidade.

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