TELEVISÃO

Herói da saga Mutantes, Mauricio Ribeiro retorna à Record e lança banda de rock

Com 20 anos de carreira na tevê, o ator Mauricio Ribeiro está no ar em Reis, tem filme sendo premiado pelo mundo e coloca sua banda musical no circuito cultural carioca. "Sou bastante inquieto artisticamente", afirma o artista de 40 anos

Mauricio Ribeiro, ator -  (crédito: Blad Meneghel/Divulgação)
Mauricio Ribeiro, ator - (crédito: Blad Meneghel/Divulgação)

Mauricio Ribeiro comemorou seus 20 anos de carreira da melhor forma. O artista mineiro, que estreou na tevê em Malhação e Mulheres apaixonadas, da Globo, em 2003, está no ar, desde junho do ano passado, como o guerreiro Sibecai em Reis, da Record, ao mesmo tempo em que investe na música e na direção para audiovisual.

O ator de 40 anos se mudou de Juiz de Fora (MG) para o Rio de Janeiro aos 18 para se dedicar à vida artística. Em seu currículo constam vários trabalhos na TV, como as novelas Cúmplices de um resgate, no SBT e Netflix, e Prova de amor e a trilogia de Os mutantes, na Record. "Mutantes foi a realização de um sonho de criança. Afinal quem nunca sonhou em ser um super herói?", indaga o intérprete do Cris, na trama de Tiago Santiago, que, na emissora do bispo, também atuou em séries bíblicas como A história de Ester, José do Egito e Jesus.

No ano passado, Maurício dirigiu seu primeiro curta-metragem, O lobo do homem, que está sendo premiado em festivais pelo mundo. A produção já arrematou o troféu de Melhor Curta de Take Único, na Índia, e os de Melhor Cartaz e de Melhor Ator, na Turquia. Formado em cinema, o inquieto das artes estuda produção audiovisual e prepara a adaptação cinematográfica da peça Teófilo, um sonho de liberdade, na qual já atuou.

Agora em abril, Maurício estreou seu primeiro show, Dias bons, no Rio, com a banda Mautribo (sua banda), com repertório que traz músicas autorais e muitos hits de rock, pop e reggae nacional e internacional que fizeram sucesso nas décadas de 1980/1990/2000. Tudo mesclado com interpretação de textos que falam sobre gratidão e amor, assim como as letras das músicas do setlist.

"Sou bastante inquieto artisticamente: escrevo, dirijo, componho, produzo... Estou sempre me tirando da zona de conforto", afirmou ao Correio.

 

Mauricio Ribeiro, ator
Mauricio Ribeiro, ator (foto: Blad Meneghel/Divulgação)

Entrevista | Maurício Ribeiro

Como tem sido viver Sibecai em Reis? E o que podemos esperar dele na nova temporada da série?

Tem sido desafiador. Sibecai é um personagem diferente dos outros que eu já vivi. Estou muito realizado com esse trabalho. Na nova temporada, Sibecai vem mais maduro, acontece uma passagem de tempo, e essa maturidade traz mais firmeza e força para a personagem.

Depois de 20 anos como ator, como é ser novato na carreira musical?

Na verdade, já tive banda quando era mais novo e a música sempre fez parte da minha vida. Mas como estou já há 15 anos fora dos palcos, estou muito empolgado com esse retorno e em levar minhas músicas para o público. O feedback tem sido muito positivo.

Você ainda está trabalhando como diretor e um curta seu está ganhando prêmios pelo mundo. Como é abraçar uma nova vertente profissional depois de uma trajetória consolidada?

Sou bastante inquieto artisticamente: escrevo, dirijo, componho, produzo... Estou sempre me tirando da zona de conforto. Já dirijo espetáculos teatrais há mais de 10 anos e, naturalmente, a vontade de tirar meus roteiros cinematográficos do papel me levou para a faculdade de produção audiovisual, onde curso o último período. A sétima arte é uma fábrica infinita de possibilidades e eu não me deixo relaxar pela ideia de carreira consolidada. A evolução é diária e ilimitada. Isso me deixa atento e criativo.

O curta, aliás, fala sobre um tema muito sério e importante de ser debatido: o abuso sexual infantil. Como foi fazer esse trabalho? E como é usar a arte como instrumento para tocar em temas delicados?

Acredito que a maior missão dos artistas é esta: levar o público a pensar e discutir comportamentos e emoções que afetam diretamente a nossa sociedade, sejam elas boas ou ruins. E esse tipo de assunto que ainda é velado muitas vezes por medo ou até mesmo vergonha, precisa ser mostrado. Fico muito feliz em poder fazer a minha parte para esse grito ecoar.

Impossível não lembrar do seu trabalho em Mutantes. Como foi fazer esse projeto? E acha que é um marco na sua trajetória, já que até hoje é lembrado por seu personagem que esteve nas três fases da produção?

Foi a realização de um sonho de criança. Afinal quem nunca sonhou em ser um super herói? Com certeza, é um marco na minha carreira! Fomos os primeiros a fazer algo dentro dessa temática no Brasil. Foi um sucesso tão grande que viramos até álbum de figurinha! Até hoje recebo seguidores que me relatam o quanto esse personagem, o Cris, marcou a infância. É gratificante!

Quais os próximos projetos?

Vamos gravar ainda a 11ª temporada de Reis. Tem turnê de show com Mautribo. E estou com o projeto de direção de Teófilo — Um sonho de liberdade, um longa baseado na história real de um escravo libertarista que viveu na Zona da Mata, em Minas Gerais. Esse roteiro, escrito por Adelino Benedito, era de um espetáculo que eu dirigi e adaptei recentemente para a telona. Uma história muito emocionante que merece ser contada.

 

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postado em 28/04/2024 14:00 / atualizado em 28/04/2024 15:00
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