
Com uma carreira consolidada no teatro e explorando cada vez mais o cinema, Rei Black, dá mais um passo significativo em sua trajetória ao estrear na primeira novela original da Max, Beleza fatal. Na trama, que estreia nesta segunda-feira (27/1) no streaming, ele interpreta Rubem, marido de Lola, a vilã interpretada por Camila Pitanga.
Com lançamento simultâneo na América Latina, nos Estados Unidos e Portugal, a novela de 40 capítulos promete dar o que falar, e o carioca está nas nuvens com a oportunidade de fazer parte do projeto. O convite para integrar o elenco da produção assinada por Raphael Montes — autor de Bom dia, Verônica — chegou enquanto ele estava em cartaz com o aclamado espetáculo Para meu amigo branco, com direção de Rodrigo França, sucesso de bilheteria em diversos estados do Brasil para o qual recebeu indicação de destaque de Melhor Ator pela Critic Arth.
Vanessa Veiga, produtora de elenco, foi quem o chamou para a audição com Camila Pitanga, que já havia assistido a trabalhos do ator, como o espetáculo O grande dia — em que foi ele indicado ao Prêmio Shell na categoria de Melhor Ator.
"Foi uma experiência enriquecedora. No teste, tive a oportunidade de explorar uma camada mais subjetiva do personagem, que fugia do senso comum, e isso me destacou", comenta o ator, que dá vida a um policial civil que contraria os clichês frequentemente retratados na teledramaturgia para essa profissão. "Busquei trazer humanidade para esse personagem e não cair no maniqueísmo. Em vez de ser associado à corrupção ou à violência, Rubem foca na paternidade, na família e em valores éticos. Ele é um homem justo e amoroso", conta Rei Black.
Carga dramática
Com mais de 20 filmes no cinema e mais de 50 espetáculos no teatro, o artista traz uma vasta experiência nas artes cênicas. Embora já tenha feito algumas produções para o streaming e participado da novela Vai na fé anteriormente, Beleza fatal marca uma nova etapa em sua carreira ao lhe permitir explorar mais seu personagem em uma novela. "Existe uma carga dramática única no meu personagem, o que também me permitiu investigar mais a fundo as técnicas da televisão", explica.
Para se preparar, o ator aprofundou-se em pesquisas sobre a rotina de policiais civis e aplicou técnicas de movimento chamado Black Ninja, um trabalho corporal que aprimora a performance em cena. "A profissão de ator exige um treinamento constante. Esse papel foi uma oportunidade de levar meu preparo a outro nível", destaca.
Além de Camila Pitanga, Rei dividiu cena com outros nomes de peso como Vanessa Giácomo, Giovanna Antonelli, Augusto Madeira e Naruna Costa. E também foi dirigido por Caio Blat, com quem já havia trabalhado no filme Grande Sertão. "Trocar com um elenco tão talentoso, que eu cresci vendo na televisão, foi um aprendizado enorme e me sinto muito honrado. Novela tem um ritmo diferente e observei muito meus colegas para aprimorar minha técnica", afirma.
Beleza fatal promete gerar debates ao abordar questões urgentes como a obsessão pela estética e os perigos de clínicas ilegais. Com uma dinâmica ágil e cenas que alternam entre drama e ação, a novela tem tudo para conquistar o público. "É uma história quente, cheia de altos e baixos. O público vai rir, chorar e se envolver com a trama. Essa é uma grande aposta da Max e um reconhecimento do meu trabalho. Espero que o público veja a sensibilidade que colocamos em cada cena", conclui.
Nosso sonho
O ator, que é nascido e criado em Mesquita, subúrbio carioca, também pode se visto no filme Nosso sonho, que conta a história da dupla Claudinho & Buchecha. Ele conta que este é um papel significativo, uma vez que foi na casa de Duarte que Buchecha viveu a maior parte de sua vida. "Meu personagem reflete a força do povo brasileiro", enfatiza. "Essa é a história dos maiores popstars do funk dos anos 90. Dois meninos pretos que fizeram muito sucesso, que deram certo em um país que foi feito para dar tudo errado para pessoas como nós", destaca ele, que também está em Mussum, o filmis.