
Em um dos posts mais recentes do perfil oficial no Instagram, no qual Fernanda Torres agradece à equipe e ao público de Ainda estou aqui, as curtidas chegaram a 1,3 milhão. Em outro, uma foto na qual conversa com Ariana Grande, são 1,5 milhão. Vestida em um longa da Chanel durante o desfile da semana de moda no Grand Palais, em Paris, Fernanda Torres ganhou 767 mil curtidas. A média de curtidas para Demi Moore, concorrente da atriz brasileira no Oscar pelo papel em A susbtância, é entre 100 e 200 mil.
A nova cara do cinema brasileiro, que só é nova fora do país, faz parte de um fenômeno que pode mudar o olhar sobre a produção nacional. Não foi somente Ariana Grande que se encantou com a atriz, mas Hollywood inteira. No mês passado, ela foi capa da The Hollywood reporter, uma das revistas de cultura mais prestigiadas do mercado americano. Também estampou a Entertainment Weekly e a Cultured — The art and film issue. Deu entrevistas para Christiane Amanpour, a repórter estrelada da CNN, e para Jimmy Kimmel. Durante toda essa exposição, aproveitou para avisar que quer um papel na série Ruptura e despertou o interesse do alemão Edward Berger, de Conclave, que anunciou o desejo de trabalhar com a brasileira. Segundo o The Guardian, Ainda estou aqui traz uma coleção de belíssimas cenas que merecem atenção, assim como a trilha sonora. O The New York Times aponta Fernanda Torres como uma favorita na competição pela estatueta.
Uma combinação de inteligência, carisma e empatia, segundo o produtor Marcus Ligocki, forma a química para o fenômeno criado em torno da brasileira desde que venceu o Globo de Ouro e foi indicada ao Oscar de melhor atriz. "Essa capacidade dela de chegar em qualquer ambiente, com qualquer pessoa e ser absolutamente natural, simpática e interagir efetivamente sem dúvida nenhuma coloca o cinema brasileiro e os talentos brasileiros no tabuleiro", avalia Ligocki. "A Fernanda Torres está nos colocando nesse tabuleiro com valores muito positivos que estão atraindo o olhar e o interesse. E aí é uma bola de neve. Os meios de comunicação de lá perceberam que ela é atraente para os americanos e que gera esse volume de interações."
Saiba Mais