
Com uma carreira que atravessa mais de três décadas, Marcelo Serrado é um ator requisitado na indústria do audiovisual brasileiro. O carioca se formou na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), estreou na televisão em 1987, na novela Corpo santo, da extinta Rede Manchete, e, desde então, conquistou papéis de destaque em novelas de sucesso, como O dono do mundo (1991), Quatro por quatro (1994), Por amor (1997), Força de um desejo (1999), Porto dos milagres (2001), Fina estampa (2011), Velho Chico (2015) Pega pega (2017) e Cara e coragem (2022), na Globo. Na emissora, ainda atuou em minisséries memoráveis, como Anos rebeldes (1992) e Labirinto (1998).
O artista, porém, não se limitou à Globo, protagonizando êxitos em produções como Prova de amor (2005), Vidas opostas (2006) e Poder paralelo (2009), na Record — onde foi do mocinho injustiçado ao mafioso cruel. Agora, brilha como o perverso Rog, em Beleza fatal, primeira novela do streaming Max no Brasil. "É muito impressionante o que a gente alcançou nessa novela, né? Acho que a gente quebrou um paradigma muito grande de fazer sucesso em um streaming dessa maneira tão avassaladora, de chegar nas pessoas de uma maneira que muitas pessoas ficassem donos da novela e até que chegasse na internet", afirma Serrado ao Correio.
- Novelão no ar! "Beleza fatal" estreia na América Latina, nos EUA e em Portugal
- "A defesa da Viviane está na paixão", afirma Naruna Costa, de "Beleza fatal"
Entre bons moços e criminosos pérfidos, o inquieto artista brilha no teatro, onde recebeu inúmeros prêmios, e no cinema. Na tevê, também apresentou facetas artísticas diferentes, participando do quadro Dança dos famosos e do reality The masked singer. E não é raro Marcelo ser lembrado por Crô, o divertido homossexual que interpretou em Fina estampa e que se desdobrou, ainda, em dois filmes.
O ator de 58 anos tem, ainda, o SBT no currículo: na emissora do Silvio Santos, atuou na novela Brasileiras e brasileiros, em 1990. Sobre a versatilidade de ter passado por várias empresas ao longo da carreira, ele destaca ser, hoje, uma tendência mundial. "Os artistas hoje em dia estão plurais, em todos os canais e em todas as plataformas. É uma tendência mundial, não só a minha, mas como de todos. É uma coisa que encaro com normalidade total", pontua.
Marcelo, que também pode ser visto no humorístico Tem que suar, do Multishow, comentou sobre o novo modelo de contratação das emissoras. "A gente tem que estar aberto e pronto para esse novo mundo", conclui.
Entrevista | Marcelo Serrado
Como tem sido a repercussão do público em relação ao "Doutor Peitão"?
Maravilhosa. O público todo reagindo na boa e as pessoas comentam sobre o personagem. É muito impressionante o que a gente alcançou nessa novela, né? Acho que a gente quebrou um paradigma muito grande de fazer sucesso em um streaming dessa maneira tão avassaladora, de chegar nas pessoas de uma maneira que muitas pessoas ficassem donos da novela e até que chegasse na internet.
Rog é apresentado como o personagem mais perverso de Beleza fatal. Como foi a preparação para entrar nesse universo?
Fiz uma preparação muito intensa. Tive a Sílvia Lourenço como preparadora de elenco, ela é muito boa e me ajudou muito na preparação da novela. Além disso, fiz pesquisas, mas toda a preparação no geral foi muito intensa.
Chegando aos 60 anos, a idade é algo que te preocupa? Como lida com a pressão sobre a estética?
A estética faz parte. Acho que isso vem de cada um se está bem se olhando no espelho. Não tenho muito problema com isso, mas que bom que estou aqui, né? Significa que estou bem.
É verdade que sua troca com o Raphael Montes é antiga e só agora foi possível?
O Rapha é meu amigo de anos, mas, na verdade, a gente nunca tinha trabalhado junto. Nós tínhamos um desejo de fazer um trabalho juntos e tive um convite para a série Bom dia, Verônica para a segunda temporada, mas não pude fazer. Nós ficamos com essa sensação de querer trabalhar juntos, mas a oportunidade e o destino colocaram a gente nesse trabalho. Claro que as coisas foram mudando desde o convite para a série, mas de repente recebi um convite para fazer um dos dois personagens da novela e quando li sobre o Rog falei: "É esse".
Você iniciou na Manchete, teve um casamento duradouro com a Globo, viveu um romance que rendeu bons frutos com a Record, casou novamente com a Globo e agora está nessa relação com a Max. Acredita que essa versatilidade foi positiva para a sua carreira?
Acho que todo mundo passa por isso, não só eu. Mas os artistas hoje em dia estão plurais, em todos os canais e todas as plataformas. É uma tendência mundial, não só a minha, mas como de todos. É uma coisa que encaro com normalidade total.
Como você enxerga esse novo modelo de contratação das emissoras e esse mercado que se abre para o artista no streaming?
Acho que faz super parte, e é uma tendência mundial, como falei. A gente tem que estar aberto e pronto para esse novo mundo.