
Numa falha de segurança, uma enorme estrutura é desativada e ocorre o massacre na Ilha Saint-Hubert, que abrigava a missão da companhia InGen, disposta a brincar com a genética de dinossauros para o enriquecimento de empresários. Um flashback, e a trama do novo filme que leva a produção executiva de Steven Spielberg, Jurassic World: recomeço, é vista do avesso, em nova aventura, agora assinada por Gareth Edwards, que no passado comandou derivações de franquias como Star Wars e Godzilla e confirmou a ideia de um "reset" no universo de Jurassic World. "A verdade é que, quando o roteiro chegou, não tinha as palavras Jurassic World na capa. Realmente, parecia um novo capítulo", resumiu para a imprensa britânica.
Celebrado pelo The Guardian, ciente das qualidades de Gareth de orquestrar "visuais arrebatadores" com integrados efeitos visuais digitais "espetaculares", o diretor destacou, no exterior: "Então, em pouco tempo, eu estava propondo um filme de Jurassic para o Spielberg, o que é muito surreal. No meio do caminho, ele pediu caneta e papel e começou a escrever. E eu pensei: 'ah, isso é um mau sinal ou um bom?'". O sinal não poderia ser mais verde. Sim, está assegurada a premissa de Jurassic World com os executivos correndo de enormes monstros, até porque foi isso que trouxe a renda de mais de US$ 6 bilhões para a franquia de seis capítulos, desde 1993, e que chega ao sétimo, três anos depois de Jurassic World: Domínio.
Com aval do consagrado produtor Frank Marshall (associado a êxitos como Poltergeist, Jason Bourne e O sexto sentido), Gareth compara filmes com máquinas bem turbinadas. "Com a franquia de Jurassic, eles conseguiram fazer o que considero arte e comercialidade, simultaneamente", já destacou. Com o mesmo roteirista David Koepp (do original, de 1993) e os personagens da literatura de Michael Crichton (morto em 2008), o diretor apostou numa ação separada do anterior por cinco anos: agora, tal qual os mutantes de X-Men, os dinossauros passaram a ser mutantes indesejados, numa Terra que os hostiliza.
À vontade no "playground", Gareth injetou a visão triste para o paleontólogo Loomis (Jonathan Bailey), de ver o museu dedicado aos bichanos fechando, mas, na base do ânimo, por outro lado, alavancar uma aventura (in loco) no habitat de criaturas do período Cretáceo. "A ciência é para todos", defenderá Loomis, diante do comércio proposto pelo empresário Krebs (Rupert Friend), ao apostar em pesquisas sobre estender a vida, por meio dos investimentos da Big Pharma.
"Desde o começo, parecia um filme de Jurassic em sua essência, um thriller de sobrevivência e que comove. Li o roteiro com um grande sorriso no rosto porque era tão criativo, divertido e engraçado", avaliou a estrela Scarlett Johansson (em material de divulgação), que assume o papel da combativa e preparada Zora Bennett. Numas terras tropicais, à altura do Equador (Paramaribo no Suriname será o ponto de partida) ela será a liderança na coleta de sangue de três diferenciados dinossauros: os aéreos Quetzalcoatlus, os terrestres Titanossauro e os aquáticos Mosassauro.
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Colado na missão está o personagem do duas vezes vencedor do Oscar Mahershala Ali, que interpreta o experiente barqueiro Duncan Kincaid. "O papel parecia tão diferente de qualquer outro personagem que interpretei nos últimos anos: um pirata moderno, mas com um bom coração, muito ativo, sempre em movimento, com propósitos claros. Fiquei animado. Não li muitos roteiros de ação e aventura antes, mas este me pareceu um expoente emocionante do gênero", declarou Ali, em material distribuído pela produtora Universal Pictures.
Com a precisão de um jogo de pinball, a ação vai se desdobrar em várias frentes de personagens que, por vezes, convergem. Literalmente escoada para um túnel, a aventura vai abarcar náufragos do pequeno barco Mariposa, prontos para serem salvos e entrarem de carona na ação. O grupo contempla os estrangeiros Reuben (Manuel García-Rulfo) e as filhas dele, Bella (Audrina Miranda) e Teresa (Luna Blaise). Isso além do candidato a genro de Reuben, Xavier, feito por David Iacono, uma espécie de alívio cômico da fita.
Entre corre-corre eletrizante, com os ápices nas cenas do bote e do templo no qual são pesquisadas as linhagens de dinossauros, há espaço ainda para que Bella consiga domesticar a pequena exemplar de dinossauro batizada de Dolores.
Diversão e Arte
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