
Crítica // Uma sexta-feira mais louca ainda ★★★
As implicâncias se multiplicam entre as protagonistas do mais novo filme de Nisha Ganatra, que substitui Mark Waters no comando da comédia encabeçada por Jamie Lee Curtis e Lindsay Lohan, respectivamente na pele da, agora, avó Tess e a mãe solo Anna. Ainda às voltas com música, de onde brota a banda Pink Slip, a dupla traz a complicação de interagir com Harper (Julia Butters), uma adolescente em conflito justo com a metida à britânica Lily (Sophia Hammons), a filha do personagem feito por Manny Jacinto, o personagem pretendente de Anna.
Rebeldia, sermão, psicologia juvenil e uma carga de esoterismo de araque (representado pela personagem polivalente da ótima Vanessa Bayer) estão no pacote de elementos que reforçam a graça. Em última instância, todas as personagens, com mentalidades trocadas de corpos, se debatem (contra e a favor) do casamento de Anna. Com algumas concessões muito bobas (como a guerra de comida, no pátio escolar), o filme de Nisha sustenta a graça, ancorado, em especial, no carisma de Lee Curtis, como a terapeuta metida a escritora. Com pequenas participações, Mark Harmon (o avô) e Chad Michael Murray (na pele do ex-pretendente Jake) têm pouco a fazer.
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Comportamentos tidos como cringe e algum sentimentalismo dão as caras no roteiro em que um dilema encerra o chamado white people problem: ficar em Los Angeles ou se mudar para a Inglaterra. Junto com doses de empatia (talvez o material mais interessante da jornada) estão hilários momentos, alguns relacionados à chamada melhor idade. Graça com incontinência urinária, com o Facebook (chamado de "database de pessoas idosas") e com o suposto vírus de celular que promove a realidade das letras gigantes, na tela, estão no rol de risadas asseguradas. Entre as risadas com o volume dos lábios da recauchutada Tess, sobra até para rir do Coldplay e de John Mayer.
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