
Há quase 10 anos, o personagem Quincas, um caipira de coração bom, conquistava o público na novela Êta mundo bom!. Agora, Miguel Rômulo, de 33 anos, vestiu novamente o chapéu e as botas para reviver o personagem na continuação, Êta mundo melhor!, atualmente no ar. O retorno marca um reencontro do ator com um papel tão especial que batizou seu cachorro, e também um momento de reflexão sobre uma carreira sólida, que começou quando ele ainda era uma criança em Coração de estudante, em 2022.
Reviver Quincas após uma década é, nas palavras do ator, "um presente, mas também uma grande responsabilidade". A principal mudança, ele explica, está na forma de contar a história e em seu próprio jeito de atuar. "Eu quero mostrar uma maturidade maior em cena e, ao mesmo tempo, entregar uma história com a mesma qualidade que tivemos na primeira novela. É uma mistura de felicidade com desafio", disse.
- "Sempre desejei este lugar", diz Jeniffer Nascimento, sobre ser mocinha da novela
- "Há muito a ser mudado", avalia Marcelo Argenta, de "Eta mundo melhor!"
O personagem é tão querido para Miguel que se tornou o nome de seu "vira-lata caramelo", adotado durante a primeira novela, em 2016/17. "Quando ouço esse nome, penso logo no meu cachorro, meu grande amor. Isso faz o Quincas ser ainda mais marcante para mim", confessou.
O reencontro com os colegas de elenco também tem sido um ponto alto. "A gente tem se divertido muito nos bastidores e, ao mesmo tempo, evoluído juntos como atores. Acho que todo o elenco está explorando os personagens com muito mais maturidade."
Crescimento
Com uma trajetória de 23 anos na televisão, Miguel Rômulo é um dos nomes que conseguiu fazer a transição bem-sucedida de ator mirim para intérprete de papéis adultos. Ele enxerga isso como um "privilégio", mas também uma responsabilidade. "Sempre me sinto desafiado a melhorar, a construir personagens mais complexos e diferentes uns dos outros, trazendo nuances que mostrem crescimento."
Sua passagem como apresentador da saudosa TV Globinho é lembrada com carinho e ele não esconde o desejo de um retorno. "Adoraria que ela voltasse, porque sou um grande defensor de desenhos para crianças. Essa experiência me ajudou a evoluir como ator, porque exige presença, improviso e conexão direta com o público."
Dentre uma vasta galeria de personagens, desde o cangaceiro Cícero, de Cordel encantado, até a extrovertida drag queen Sabrina, de Verão 90, Miguel elege ambos como os mais desafiadores. "O Cícero tinha uma composição muito forte. Já a Sabrina era um personagem em um período em que o preconceito era muito mais escancarado. Me sinto sortudo por ter tido a oportunidade de explorar tantas facetas", avalia.
Futuro e passado se misturam
O ator não para. Ele acaba de participar do docudrama O século do Globo, interpretando o correspondente de guerra Egydio Squeff, e aguarda a estreia da superprodução Dona Beja, onde viverá o Padre Otávio, um personagem "inescrupuloso" e "único". "Ele tem uma maldade que eu nunca interpretei antes. É um projeto lindo, com um texto lindo... traz um sentimento intenso, que eu gosto de viver em cena."
Enquanto isso, o público pode reviver seus sucessos passados com as reprises de Celebridade (2003) e Caras & Bocas (2009) no Globoplay Novelas. Ao rever seus trabalhos antigos, Miguel diz sentir "quase como um olhar de pai" para aqueles personagens. "É muito especial saber que, mesmo depois de tantos anos, o público continua assistindo e gostando", celebra.
Com mais de 20 anos de estrada, a pergunta que fica é: o que ainda motiva Miguel Rômulo? A resposta é a ambição artística. "Me sinto um ator muito ambicioso... quero mostrar muito mais. Estou sempre pronto para novos desafios, com textos mais densos e personagens com mais destaque. É essa ambição de evoluir, de fazer sempre mais e mais, que realmente me motiva", conclui.
Diversão e Arte
Diversão e Arte
Diversão e Arte
Diversão e Arte