O jovem ator Antônio Zeni, nome em ascensão no cinema e no streaming nacional, está vivendo um dos momentos mais significativos de sua carreira. Ele está imerso nas gravações de Nosso Lar 3 – Vida eterna, continuação da bem-sucedida franquia espírita inspirada na obra psicografada por Chico Xavier. Sob a direção de Wagner de Assis, o filme é um dos lançamentos nacionais mais aguardados do ano e representa uma nova fase para o ator, que dá vida ao complexo personagem Domênico, papel que na fase adulta pertence a Fábio Assunção.
Aos 17 anos, Zeni não está apenas filmando mais um trabalho em sua já notável carreira. Ele está vivendo uma experiência que classifica como "transformadora". Questionado sobre como lidou com o peso espiritual da franquia, o jovem ator foi enfático: foi um processo de autoconhecimento. "Foi um grande desafio e ao mesmo tempo uma oportunidade transformadora", reflete. "Estudei mais a fundo a doutrina espírita e, mais do que isso, refleti sobre como temas como amor, perdão e recomeço aparecem na vida real. Acabei me conectando com experiências pessoais... Foi um processo de dentro para fora, que me ajudou a entender melhor não só o personagem, mas a mim mesmo."
Um dos aspectos mais curiosos do filme é a divisão do mesmo personagem em duas fases da vida: Zeni interpreta o Domênico jovem, enquanto Fábio Assunção vive a versão adulta. Sobre essa parceria única, o ator não esconde a admiração. "Dividir esse personagem com o Fábio foi realmente uma honra." Ele revela que a construção foi colaborativa e meticulosa, sempre guiada pelo diretor Wagner de Assis. "Conversamos bastante sobre quem é o Domênico em essência, sobre o que permanece nele mesmo com o passar dos anos, e como as escolhas da juventude moldam o homem adulto", lembra Antônio.
Para garantir a continuidade, Zeni trabalhou em detalhes específicos inspirado no colega. "Trabalhei para criar pontos de continuidade, como gestos, postura, até o olhar em certas situações, inspirado no jeito do Fábio. A ideia é que o público realmente acompanhe a história dessa mesma alma", conta.
Trajetória precoce
Nascido em Novo Hamburgo (RS), o libriano Antônio Zeni começou sua trajetória artística cedo, incentivado pelos pais, que o levavam constantemente a teatros, musicais e museus. Iniciou os estudos formais em artes aos sete anos e, aos 12, já estreava na televisão como Joe na série The journey (2019), gravada em inglês e português, um indicativo de seu talento e versatilidade.
Seu currículo, robusto para a idade, inclui trabalhos de destaque no cinema e no streaming. Ele contracenou com Bruno Gissoni no longa Sem fôlego (2021) e integrou o elenco da série internacional El Presidente: Jogo da corrupção, da Amazon Prime Video, onde deu vida a um jovem João Havelange.
Em 2022, Zeni assumiu seus primeiros papéis de protagonista nos filmes O caminho de Hans, exibido no Festival de Gramado, e Perseguição e cerco a Juvêncio Gutierrez. Desde então, vem consolidando sua carreira com personagens desafiadores e diversos, como o rebelde Beto na comédia Chama a Bebel (2023) e o jovem rei Acabe na série bíblica Reis (2024), da Record TV.
Antônio vem transitando por gêneros diversos, marcando uma consciente mudança de rumo em sua carreira. Ele enxerga essa evolução com maturidade. "Eu vejo essa transição como um crescimento natural. Cada projeto que fiz até aqui me preparou para dar o próximo passo", destaca o jovem veterano.
E o futuro? O ator demonstra clareza sobre seus objetivos. "Para o futuro, quero papéis que me desafiem a sair da zona de conforto, personagens intensos que me façam explorar lugares diferentes dentro de mim." Seu objetivo final, no entanto, permanece simples e profundo: "Independente do projeto, busco sempre tocar as pessoas através do meu trabalho."
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