
Crítica // O telefone preto 2 ★★★
Existe um inegável misto de enredo com ares de episódio de Scooby Doo e ainda um aproveitamento da trama e dos traumas de A hora do pesadelo, quando se assiste à sequência do filme de terror em que Ethan Hawke perde o posto de assustador protagonista. São os remendos no cotidiano de uma das vítimas dele, Finney (Mason Thames), e da irmã deste jovem, Gwenn (Madelene McGraw), que passam ao primeiro plano.
Longe do perigoso cenário de Denver, junto com o namorado de Gwenn, Ernesto (Miguel Mora), os sofredores irmãos do sucesso da telona de 2021 (igualmente, dirigido por Scott Derrickson), mais precisamente em Alpine Lake, um acampamento isolado pela ocorrência de nevasca. Filho de Stephen King, Joe Hill segue assinando o roteiro, ao lado do diretor (do perturbador O exorcismo de Emily Rose) e de C. Robert Cargill (A entidade); todos eles apostam firme na mensagem de enfrentar, de cara, medos, a fim de que sejam superados.
Num encontro com o algoz (morto, como é sabido), Finney ouvirá que "morto é só uma palavra" e que, sim, o Sequestrador (do primeiro filme) veio para lhe impelir ao medo, "um aquecimento" para os futuros machucados contra Finney e a família dele. Chamada de "criança do demônio", Gwenn rende ótima interpretação de Madelene McGraw, no papel da menina (íntima de poltergeist) que abraça sonhos tão reveladores quanto perturbadores, e que desbaratam maldições dentro de alojamentos movimentados nos anos de 1950.
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Imagens macabras, um plano de vingança (retroativa — o que faz pouco sentido, aliás) e uma válida discussão sobre religiosidade elevam o impacto do filme, que tem como pontos chaves datas de 1978, 1982 e 1957. Os efeitos visuais das lutas contra ameaças invisíveis convencem, bem como as presenças em cena de Demián Bichir e Maev Beaty (a desorientada crente).
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