MÚSICA

Festival Curicaca reúne inovação e invenção cultural

Festival traz grandes nomes da música brasileira para shows gratuitos na Arena Mané Garrincha

Com o nome inspirado em uma ave típica do Cerrado, o Festival Curicaca é um novo evento sobre inovação e tecnologia, promovido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Na Arena Mané Garrincha, o projeto reúne palestrantes internacionais, gastronomia e programação de shows que inicia hoje e vão até 11 de outubro. A abertura oficial do evento começa essa noite com show do Olodum no estádio. A programação é gratuita mediante retirada de ingressos.  

Com o samba-reggae e um repertório recheado de grandes sucessos, Olodum transporta a Bahia para o planalto central. "Olodum tem uma presença forte em todo país, mas Brasília sempre recebeu a nossa música e o nosso trabalho de uma forma especial e com muito carinho. A troca com o público é incrível e nos sentimos em casa toda vez que tocamos na capital", destaca Jorginho Rodrigues, presidente executivo do Olodum.

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Para Jorginho, é fundamental a existência de um festival que mistura cultura, tecnologia e desenvolvimento. "Nós do Olodum acreditamos muito nesses pilares para a construção da nossa história, legado e continuidade de tudo que realizamos. É importante essa conexão e a música é o fio condutor ideal para levar isso ao grande público", ressalta.

O presidente reforça que é sempre uma honra fazer parte de festivais dessa magnitude e dividir o palco com grandes nomes da música. O Olodum tem, ao longo de sua carreira, registro de grandes encontros com artistas nacionais e internacionais e muitas parceirias, surgiram nos bastidores de festivais e eventos como o Festival Curicaca. Vamos fazer uma grande festa da música com todo esse time", complementa.

Ainda na noite de hoje, Fernanda Takai estará no palco da Infinu Comunidade Criativa, evento que também compõe a programação do festival. A mineira relembra que a capital carrega lembranças especiais. "Sempre que estou em Brasília me lembro de que foi uma das primeiras cidades a receber um show do Pato Fu fora de Belo Horizonte. Algumas rádios já tocavam nossas músicas. Eu gosto muito de reencontrar esse público e meus amigos. E, hoje, que também tenho minha carreira solo, há mais oportunidade de mostrar um outro repertório ao público", comenta Takai.

Fernanda acredita que o festival tem uma fórmula que interessa a muitos. "Estamos vivendo um tempo em que tudo acontece muito rápido e sozinhos, às vezes, não conseguimos acompanhar alguns cenários. Compartilhar conhecimento, fazer conexões com arte e cultura são peças-chave desde sempre", adiciona. Para o show, a cantora irá trazer um pouco de tudo. "Farei um apanhado desses meus 18 anos de carreira solo, embora a minha banda ainda continue na estrada há 33 anos. Tenham certeza de que será uma noite muito boa", acrescenta Fernanda Takai.

Na noite de amanhã, Nando Reis domina a capital. Para ele, o festival é animado por uma visão muito inspiradora, relacionando a música e a cultura a uma descoberta. "A música e a cultura como uma aprimoramento dos sentidos e desenvolvimento do indivíduo. É uma abordagem que permite múltiplos significados e é muito poética", reflete Nando Reis.

Para o artista, a experiência de tocar em um festival já é diferenciada por si só. "Você toca para pessoas que não são apenas aquelas que já conhecem ou acompanham profundamente o seu trabalho. Por isso, costumo fazer uma seleção de repertório com as músicas mais conhecidas. Isso cria uma definição mais clara para o espectador sobre quem eu sou e quem ele está assistindo", comenta.

A relação de Nando Reis com a capital já é antiga. O paulistano frequenta a cidade desde a adolescência. "Antes mesmo de me profissionalizar, eu já tinha um encantamento por Brasília, associando-a a algo exótico e belo. Com o tempo, Brasília se revelou um polo muito potente, tanto na produção musical quanto como mercado para shows", comenta. Nando relembra que fez shows memoráveis em Brasília, tanto com os Titãs quanto em sua carreira solo. "É, de fato, um lugar mágico", elogia.

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Vanessa da Mata participa do Festival Curicaca com o show Todas elas. Estruturado em três atos, o projeto começa com musicalidade que remete à infância da cantora. "Tem as influências bem marcadas que tive, a poesia e musicalidade exuberante do interior do Brasil, a música de rua, do folclore, da natureza, muito presente", explica Vanessa. O segundo ato concentra os grandes sucessos de sua carreira e o terceiro traz um momento mais dançante. " Músicas que fiz e que estão presentes nas festas de ano novo, aniversários, casamentos e datas ligadas à nossa maior intimidade. Essas também mostram o dance dos anos 80/90 que nos arrebatou e em algum lugar me chamou para dançar também", explica.

A cantora comenta que é sempre muito bem recebida na capital, desde seu primeiro show. "Tenho certeza de que esse reencontro com o público será especial e marcado com muita emoção e sensibilidade que minhas músicas e eu sempre queremos passar. O Todas elas tem momentos bem emocionantes e falando do feminino de todos nós, afinal de contas todos nascemos de uma mãe", ressalta. Vanessa comenta que um dos momentos impactantes é quando canta sua versão de Nada Mais, clássico de Gal Costa que está em seu novo disco.

Nos dias seguintes, MC Hariel e Jorge Aragão complementam a programação do Festival Curicaca, que será finalizado em  11 de outubro na Arena Mané Garrincha.

 

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