
Junto com Eddington, filme de Ari Aster que competiu contra o premiado nacional O agente secreto (em cartaz), no último Festival de Cannes, diversificados títulos chegam ao mercado. A trama de Eddington se concentra numa cidade de fronteira do Novo México em que os importantes personagens de Joaquin Phoenix, Pedro Pascal e Emma Stone não conseguem alcançar um momento de paz. Tudo transcorre em meio à pandemia e ao episódio de violência contra George Floyd. Para além da polêmica à vista, com o filme de Aster, outro que puxará discórdia é Sombras no deserto, estrelado por Nicolas Cage.
Aglomerando fundamentos evangélicos e filosóficos, mais precisamente saídos do apócrifo intitulado Pseudo-Tomé, Sombras no deserto se desenvolve na mescla de explosivos elementos: religiosidade e terror. A façanha é do diretor egípcio Lotfy Nathan, de criação britânica, e que consolidou a profissão nos Estados Unidos. Depois de contar a ascensão de um personagem tunisiano metido em contrabando e que assume a responsabilidade pela criação das irmãs, no longa Harqah (vencedor de melhor ator para Adam Bessa, na mostra Um Certo Olhar, em Cannes), Lotfy investe num enredo situado no Egito Antigo. Sob impedimentos logísticos e resultantes de censura (de ordem religiosa), a produção do filme recriou parte do Delta do Nilo, na Grécia — filmando muito na cadeia de Montanhas Brancas (ilha de Creta).
Um definitivo confronto de forças antagônicas castigam a unidade de uma compacta família em fuga, no seio de Sombras no deserto, que retrata o grupo inseguro quanto a validade da fé. A lida com o desconhecido implanta, pouco a pouco, um embate entre Carpinteiro (personagem do ganhador do Oscar Nicolas Cage), a esposa dele (FKA Twigs) e uma criança inicialmente identificado como Menino (papel de Noah Jupe). Toda a trama de Sombras no deserto, nitidamente, faz alusão à vida de Jesus. A fase da adolescência com a falta de domínio de poderes incompreendidos traz estofo e pólvora para o longa-metragem.
De amor
Ponto de desenvolvimento de fanfics, o wattpad, uma plataforma que sempre rendeu delírios e muita originalidade, expôs ao mundo a trama que dá base ao filme O bad boy e eu. Situado numa cidade pequena, e tendo por protagonistas uma líder de torcida e um capitão de time de futebol americano. Os sentimentos inesperados entre os jovens brota quando eles compartilham angústias e inseguranças, com laços efetivos de muita proximidade.
Dirigido por Justin Wu e com roteiro assinado por Crystal Ferreiro (Diário de uma futura presidente) e Mary Gulino (de Upload), O bad boy e eu alia Dallas (Siena Agudong), discplicente com sua vida social, e o jovem Drayton Lahey (Noah Beck), o cara de alta popularidade na escola. No elenco, James Van Der Beek (reconhecido por Dawson’s Creek) faz o papel de Leroy Lahey, o radical pai de Drayton. Sem ciclo de muitos conhecidos, Dallas, a protagonista, tem por meta chegar a uma prestigiada escola de dança, com o louvável esforço de homenagear a memória de sua mãe, com a intenção de conseguir vaga, a partir de bolsa de estudos.
A maternidade também move A quem eu pertenço, filme de estreia de Meryam Joobeur, que retrata consequências de ações terroristas dentro de uma mesma família. Aïcha (Salha Nasraoui), uma mãe repleta de perdas, no interior da Itália, recebe a enigmática visita de um filho dado como morto. Percepções e fatos adulterados também movem o enorme sucesso da franquia Truque de mestre, que chega à terceira parte. Para quem perdeu o fio da meada da série de filmes, o Correio refresca a memória. Confira:
Truque de mestre (2013)
Há 12 anos veio o começo da franquia, sob direção de Louis Leterrier. Num lema, Danny (Jesse Eisenberg) encerra a atividade dele e de um punhado de colegas: "quanto mais perto de algo estiver, menos você vê”. Com as luzes apagadas (no cinema), o espectador pode ser ludibriado com mais facilidade pelos quatro ilusionistas associados na trama para um roubo a banco francês, mas a partir do palco de uma casa de espetáculos em Las Vegas. O FBI e a Interpol são acionados para abrandar a tensão permanente derivada do clima de farsa mantido pelos personagens centrais, dos jogos de hipnose e da plena competitividade de todos os ilusionistas jogados um contra os outros.
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Truque de mestre — O segundo ato (2016)
Na época de lançamento do segundo exemplar, já estava assegurada a terceira parte. A volta dos Quatro Cavaleiros, grupo formado por Woody Harrelson, Dave Franco, Jesse Eisenberg e Lizzy Caplan, garante uma leva de mágicas, a fim de todos novamente driblarem o FBI. A hipnose de um CEO de empresa de tecnologia é o ponto de partida. A partir de erro na estratégia, os ilusionistas empreendem uma fuga cinematográfica. Na China, eles executam outro plano, ao serem contratados por Walter Mabry (Daniel Radcliffe). O roubo de um circuito que criptografa todo e qualquer programa de computador é o alvo. Presentes no primeiro filme, Mark Ruffalo e Morgan Freeman completam o elenco.
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