Legislação do audiovisual

Mobilização do audiovisual leva tramitação do PL do streaming para 2026

Projeto de lei do streaming, que poderia colocar em risco políticas públicas reservadas ao audiovisual do Brasil, teve tramitação protelada para 2026

Plataformas e criadores do audiovisual independente no Brasil em atrito, diante do PL -  (crédito: Divulgação)
Plataformas e criadores do audiovisual independente no Brasil em atrito, diante do PL - (crédito: Divulgação)


A votação da regulamentação do VoD (vídeo sob demanda), que obteve corrente de críticas do setor audiovisual, foi retirada de votação e postergada para 2026. O projeto de lei da taxação das plataformas, conhecido por "PL da Devastação do Audiovisual", foi amplamente desacreditado por cineastas e produtores brasileiros. A cadeia produtiva do setor poderia ser desmontada, segundo uma corrente de críticas.

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Em nota lançada via redes sociais, um grupo do segmento comemorou o adiamento. "Foram criadas condições para a realização de um debate mais amplo e qualificado, compatível com a complexidade e a relevância estrutural do segmento audiovisual", destacou parte do documento. A possibilidade de que recursos públicos gerados pelo audiovisual brasileiro migrassem para o patrimônio das gigantescas, e estrangeiras, plataformas de streaming levaram o projeto de lei (que tramitava no Senado) ao apelido de "PL da Devastação do Audiovisual".

Campanha com cartas, abaixo-assinados e questionamentos por parte de personalidades como Wagner Moura renderam mais tempo para diálogos com o setor. "Com mais tempo, será possível ampliar esse debate com o MinC e aprofundar a discussão coletiva em 2026, para, enfim, podermos ter uma regulamentação justa e à altura do Brasil", sublinhou a nota.

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Havia previsão de que a taxação da Condecine (Cobrança da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional) se limitasse a apenas uma alíquota de 4% sobre o lucro das plataformas. O MinC a divulgou, às vésperas da tramitação, uma nota pública em que pinçou estratégias defendidas. Entre pontos vitais estavam listadas a garantia de alíquota de 3% de Condecine-streaming, para todos os provedores; a negativa de deduções para reinvestimento na produção de 'originais', com recursos de dedução canalizados para obras brasileiras independentes, e a segurança de uma janela de nove semanas entre a apresentação de uma obra em sala de cinemas e a chegada desta ao streaming.

 


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postado em 18/12/2025 17:48
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