Saudada como "referência da música em Brasília", a flautista Odette Ernest Dias, morta aos 96 anos, foi lembrada em nota de pesar do Ministério da Cultura dado o legado deixado no choro, como "uma das fundadoras do Clube do Choro de Brasília". Solidário ao momento de luto dos "familiares, amigos e toda a comunidade cultural", o MinC reconheceu, por meio de comunicado na internet, "a contribuição de Odette Ernest Dias".
O documento exalta, para além da atuação artística, o "marcante" legado de Odette como educadora, "contribuindo para a formação de gerações de músicos e instrumentistas". A generosidade no ensino aliou "excelência técnica e "compromisso com a música". Junto com o profundo pesar pelo falecimento, a flautista, "um nome emblemático da música brasileira", teve parte da jornada pessoal e profissional repassada na nota redigida.
"Nascida em Paris em 1929, Odette Ernest Dias chegou ao Brasil aos 23 anos e integrou a Orquestra Sinfônica Brasileira, a convite do maestro Eleazar de Carvalho. À época, Odette Ernest Dias já reunia as medalhas do Conservatoire National Supérieur de Paris e do Concurso Internacional de Genebra, na Suíça", destaca o Ministério. O feito em Genebra da primeira colocação, em concurso de 1952, por sinal, veio "por unanimidade".
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Ainda na linha biográfica, representantes do ministério sublinharam feitos na capital. "Em 1974, Odette passou a viver em Brasília, onde teve papel fundamental na cena musical da capital. Professora da Universidade de Brasília (UnB), foi uma das idealizadoras do Clube do Choro, criado em 1977 a partir de encontros musicais realizados em sua própria residência. O espaço se consolidou como referência cultural e patrimônio imaterial do Distrito Federal", traz o registro.
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