
Neste sábado (21/12) e domingo (22/12), o palco do Teatro Royal Tulip se transforma na cidade de trilhas douradas e recebe a montagem de As Bruxas de Oz. Inspirado no musical da Broadway Wicked, a peça é um retrato da história de Elphaba e Glinda, antes de se tornarem a Bruxa Má do Oeste e a Bruxa Boa do Leste.
Na universidade de Shiz, a reservada e insegura Elphaba sofre dificuldades em se enturmar devido a cor de pele esverdeada. Glinda, a garota loira e popular, inveja Elphaba por ser capaz de exercer bruxaria. Após um incidente, as duas meninas são obrigadas a compartilharem um quarto e, do ódio, nasce uma inesperada amizade. A peça é atrelada a uma trilha sonora emocionante, que encanta o público e os conecta com a história emocionante montada no palco.
A preparação das atrizes Luara Hias (Elphaba) e Clarice Rangel (Glinda) incluiu momentos de dificuldade diferentes para cada uma. "Esse é meu papel dos sonhos no teatro musical, o que já traz uma grande carga emocional e faz com que eu me emocione o tempo todo. E segundo, porque a Elphaba quase não sai do palco. São muitas cenas, muita música, muito detalhe, muita coisa técnica", conta Luara.
Clarice, entretanto, teve dificuldades de se encontrar na personagem e teve de sair da zona de conforto diversas vezes: "Em meio à insegurança comecei a duvidar das escolhas que já havia feito para a construção da personagem. Esse momento foi bem desafiador, mas depois de conversar com os diretores e de me aprofundar novamente nos estudos sobre o papel, quase que recomeçando do zero, consegui reencontrá-la. E, apesar do estresse, acredito que esse processo de enfrentar as minhas próprias inseguranças foi fundamental para o meu crescimento artístico e pessoal".
Em meio a tantas outras recriações da obra, incluindo o longa-metragem em cartaz, o espetáculo se prova ímpar e um complemento para a história. "Acredito que nossa principal diferença é a verticalização nas temáticas presentes no espetáculo, assim como as construções dos personagens e das relações propostas", explica a direção. E complementa: "Por ser uma obra muito conhecida, o desafio criativo de montar o espetáculo, é de fazer uma montagem original, com o entendimento que temos do espetáculo, mas que não perca o que já foi criado anteriormente e que os fãs amam".
*Estagiários sob a supervisão de Severino Francisco