Inflação

IGP-M desacelera alta para 0,07% em janeiro, aponta FGV

O indicador mede a inflação responsável pelo reajuste de parte dos contratos de aluguel no Brasil

 Em 12 meses, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acumula deflação de 3,32% -  (crédito: Reprodução/Prefeitura de Taubaté)
Em 12 meses, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acumula deflação de 3,32% - (crédito: Reprodução/Prefeitura de Taubaté)
postado em 30/01/2024 10:29

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), indicador que mede a inflação responsável pelo reajuste de parte dos contratos de aluguel no Brasil, desacelerou para 0,07% em janeiro, após ter registrado alta de 0,74% em dezembro. Segundo os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), o índice acumula deflação de 3,32% em 12 meses.

Em janeiro de 2023, o indicador tinha registrado alta de 0,21% no mês e acumulava aumento de 3,79% em 12 meses anteriores.

O índice é composto por outros três indicadores. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, apresentou uma queda de 0,09%, uma variação inferior à observada em dezembro, quando houve um aumento de 0,97%.

O grupo de Bens Finais registrou um aumento de 1,06% em janeiro, superando a taxa de 0,86% registrada no mês anterior. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelo subgrupo de alimentos processados, cuja taxa evoluiu de 0,92% para 1,19% no mesmo intervalo.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, registrou alta de 0,59%, um aumento considerável em relação à taxa de 0,14% observada em dezembro. Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, seis delas apresentaram um crescimento em suas taxas de variação.

Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, o Índice de Preços ao Produtor mostrou arrefecimento no mês dos preços das matérias-primas brutas. Já no âmbito do consumidor, de acordo com o pesquisador, a inflação segue muito concentrada nos grupos Alimentação e Educação, Leitura e Recreação. “No primeiro grupo, os preços dos alimentos in natura subiram refletindo problemas de ofertas típicos da estação. No segundo, destaca-se o aumento dos Cursos Formais”, comentou Braz.

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, equivalente aos 10% restantes do IGP-M, subiu 0,23% em janeiro, um valor ligeiramente inferior à taxa de 0,26% observada em dezembro. Segundo Braz, a variação é considerada estável.

Analisando os três grupos constituintes do INCC, observam-se as seguintes variações na transição de dezembro para janeiro: o grupo Materiais e Equipamentos apresentou uma diminuição, passando de 0,30% para 0,09%; o grupo Serviços teve um aumento de 0,09% para 0,20%; e o grupo Mão de Obra registrou crescimento, variando de 0,23% para 0,42%.

 

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