Mercado de trabalho

Brasil criou 1,4 milhão de empregos formais em 2023, aponta Caged

O maior crescimento de emprego formal ocorreu no setor de serviços, com um saldo de 886.256 postos de trabalho, uma alta de 4,4%

O saldo acumulado foi resultado de 23.257.812 admissões e 21.774.214 desligamentos -  (crédito:  Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O saldo acumulado foi resultado de 23.257.812 admissões e 21.774.214 desligamentos - (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
postado em 30/01/2024 15:25 / atualizado em 30/01/2024 15:28

O Brasil criou 1.483.598 vagas de empregos com carteira assinada em 2023, mesmo com o registro de 430.159 postos de trabalho fechados em dezembro. Segundo os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira (30/1) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, apesar de positivo, o saldo anual foi o segundo menor desde 2020, ano da pandemia da covid-19, quando o total ficou negativo em 191 mil postos de trabalho.

O saldo acumulado foi resultado de 23.257.812 admissões e 21.774.214 desligamentos. Do total, 255.383 (17,2%) são caracterizados como não típicos, com predominância de trabalhadores com menos de 30 horas e intermitentes.

O maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de serviços, com um saldo de 886.256 postos de trabalho, uma alta de 4,4%. Os principais destaques foram informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (380.752) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (204.859).

Em seguida, o setor de comércio foi o segundo maior gerador de postos de trabalho, com um saldo de 276.528 vagas. De acordo com a pasta, o desempenho é explicado pela forte aceleração do setor no quarto trimestre, tendo o comércio varejista de mercadorias em geral e supermercados gerado 39.042 vagas e minimercados 13.967, além do comércio de combustíveis para veículos que gerou 15.002 postos no ano.

A construção civil apresentou saldo de 158.940 em 2023, uma alta de 6,6% em comparação ao ano anterior. Em quarto lugar ficou a indústria, que gerou 127.145 postos de trabalho, alta de 1,5%, e a agropecuária, com 34.762 postos de trabalho gerados no ano, número 2,1% maior.

Todas as 27 unidades federativas apresentaram saldos positivos na geração de empregos, com destaque para São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. No comparativo entre as regiões, as maiores gerações ocorreram no Sudeste, Nordeste e Sul. O maior crescimento, porém, foi verificado no Nordeste, 5,2%, com geração de 106.375 postos no ano.

Salário médio

O salário médio real de admissão em dezembro foi de R$ 2.026,33, apresentando estabilidade com leve redução de R$ 6,52 quando comparado com o valor corrigido de novembro, que foi de R$ 2.032,85. Já em comparação com o mesmo mês do ano anterior, que desconta mudanças decorrentes da sazonalidade do mês, o ganho real foi de R$ 40,17, o equivalente a 2,0%.

Ainda de acordo com os dados, a geração de empregos foi distribuída entre os homens (840.740 postos) e as mulheres (642.892 postos). Para a população com deficiência, o saldo foi de 6.388 postos de trabalho, um crescimento de 40,1% em relação ao de 2022, mostrando o resultado das ações de inclusão.

No quesito raça houve evolução do número de declarações preenchidas ao longo do ano. A maior geração de vagas no ano foi para pardos (+682.072), seguido por pretos (+136.934), brancos (+135.441), amarelos (+42.391) e indígenas (+1.539).

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