REUNIÃO

Ministro diz que demissão de presidente da Petrobras não é cogitada

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a saída do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates é "especulação"

"O que foi feito hoje foi uma reunião extremamente produtiva para falar de transição energética e transição ecológica", disse Silveira - (crédito: Ricardo Botelho/MME)
postado em 11/03/2024 20:12 / atualizado em 11/03/2024 20:18

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta segunda-feira (11/3) que a demissão do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates é "especulação". A declaração foi feita a jornalistas na chegada ao prédio do Ministério da Fazenda, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

"É especulação. Em nenhum momento isso foi cogitado. O que foi feito hoje foi uma reunião extremamente produtiva para falar de transição energética e transição ecológica que é uma grande janela de oportunidades, uma janela impar que vivemos de aproveitar a economia, a matriz energética do Brasil e as potencialidades", alegou.

Ele também negou que Lula tenha interferido na decisão. "O presidente Lula tem voz nas reuniões, mas ele jamais me deu um comando direto, a não ser através do Conselho de Administração".

Em entrevista ao SBT Brasil, Lula afirmou que houve uma conversa séria do governo com a direção da Petrobras após a decisão na última quinta-feira (7) de não distribuir dividendos extraordinários aos acionistas, o que levou a uma perda de R$ 55 bilhões no valor de mercado da petrolífera. O petista disse que a Petrobras não pode pensar apenas nos acionistas e se for atender "apenas a choradeira do mercado", não é possível fazer nada.

"Se for atender apenas à choradeira do mercado, não faz nada. O mercado é um dinossauro voraz, quer tudo para ele e nada para o povo", afirmou.

"Será que o mercado não tem pena das pessoas que passam fome? Será que as pessoas não têm pena de 735 milhões de pessoas que não têm o que comer? Será que o mercado não tem pena das pessoas que dormem na sarjeta no centro de São Paulo, no Rio de Janeiro? Será que o mercado não tem pena das meninas com 12 ou 13 anos que às vezes vendem o corpo por causa de comida?", questionou.

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