O Brasil teve um deficit de transações correntes de US$ 4,373 bilhões em fevereiro, nível similar ao registrado no mesmo período do ano passado, quando houve deficit de US$ 4,355 bilhões. Os dados são do boletim Estatísticas do Setor Externo, divulgado nesta quinta-feira (4/4) pelo Banco Central (BC).
No acumulado de 12 meses a diferença entre o que o país gastou e o que recebeu nas transações internacionais resultou em um saldo negativo de US$ 24,705 bilhões, o equivalente a 1,11% do Produto Interno Bruto (PIB). Houve uma retração significativa em comparação a fevereiro de 2023, quando o deficit acumulado estava em 2,63% do PIB.
A balança comercial de bens e serviços registrou saldo positivo de US$ 3,440 bilhões em fevereiro, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 3,669 bilhões. A conta de renda primária também ficou deficitária, em US$ 4,249 bilhões. No caso da conta financeira, o resultado ficou negativo em US$ 4,289 bilhões.
O ingresso líquido do investimento direto no país (IDP) somou US$ 5,012 bilhões, bem abaixo do mesmo período do ano passado, quando o montante havia sido de US$ 7,168 bilhões. Esse é o pior desempenho para fevereiro desde 2020, quando a entrada desses recursos somou US$ 2,456 bilhões no mês. No acumulado em 12 meses, o valor totalizou US$ 62,0 bilhões, equivalente a 2,80% do PIB.
Já a remessa líquida de lucros e dividendos das empresas para o exterior ficou em US$ 2,923 bilhões em fevereiro, contra US$ 2,490 bilhões um ano antes. De acordo com o BC, as despesas com juros externos somaram US$ 1,369 bilhão em fevereiro ante US$ 2,116 bilhões em igual mês do ano passado.
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