Europa

BCE sinaliza corte de juros em junho, com inflação em queda na zona do euro

Em ata publicada nesta sexta (10/5), o conselho do Banco Central Europeu deixou claro a tendência de corte na próxima reunião. A taxa atual de 4% é a maior da história

A inflação atual do euro manteve-se em 2,4% no mês passado e, segundo analistas, deve oscilar pouco até o fim do ano -  (crédito: Daniel Roland/AFP)
A inflação atual do euro manteve-se em 2,4% no mês passado e, segundo analistas, deve oscilar pouco até o fim do ano - (crédito: Daniel Roland/AFP)

O Banco Central Europeu (BCE) divulgou, nesta sexta-feira (10/5), a ata da última reunião, ocorrida no mês passado. De acordo com o documento, as autoridades sinalizaram que as condições macroeconômicas na região já permitem um corte na taxa de juros a partir de junho, com a inflação da zona do euro caminhando para voltar ao patamar de 2% no ano que vem.

“Foi visto como plausível que o Conselho do BCE estará em posição de começar a afrouxar a restrição da política monetária na reunião de junho, se evidências adicionais recebidas até lá confirmarem a perspectiva de inflação de médio prazo incorporada nas projeções de março”, sustenta, na ata, o banco. 

Nas últimas reuniões, o BCE manteve a taxa no maior nível da história do bloco, em 4% ao ano. Apesar disso, já é praticamente certa a redução dos juros no próximo encontro das autoridades monetárias do banco, no dia 6 de junho, visto que a inflação atual do euro manteve-se em 2,4% no mês passado e, segundo analistas, deve oscilar pouco até o fim do ano. 

Pode haver, porém, uma mudança na postura do conselho presidido por Christine Lagarde, caso os dados sobre salários e inflação não permaneçam na trajetória benigna no qual se encontram atualmente. Se houver uma manutenção deste ritmo atual, somado a uma inflação estável, o mercado acredita que deve haver mais de um corte ainda em 2024. 

“O risco de não atingir a meta de inflação, e ao final ter de pagar um preço muito alto em termos de declínio da atividade, foi agora visto como sendo pelo menos tão alto quanto o risco de agir cedo demais e ultrapassar a meta no médio prazo”, acrescentou o BCE, na ata publicada nesta sexta.

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postado em 10/05/2024 12:13
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