BANCO CENTRAL

Banco Central realiza leilões de dólares para reforçar segurança cambial

Os dólares vendidos serão liquidados no dia 22 de janeiro, com as recompras programadas para 4 de novembro e 2 de dezembro de 2025, respectivamente

Os leilões com recompra são instrumentos utilizados pelo Banco Central para equilibrar a volatilidade do mercado cambial -  (crédito: Freepik)
Os leilões com recompra são instrumentos utilizados pelo Banco Central para equilibrar a volatilidade do mercado cambial - (crédito: Freepik)

O Banco Central (BC) do Brasil realizou nesta segunda-feira (20/1) dois leilões de dólares com compromisso de recompra futura, movimentando até US$ 2 bilhões. Cada operação tem limite de US$ 1 bilhão e será destinada exclusivamente às instituições credenciadas pela autoridade monetária, conhecidas como dealers de câmbio.

As operações ocorrem em dois períodos curtos: o leilão A, das 10h20 às 10h25, e o leilão B, das 10h40 às 10h45. Os dólares vendidos serão liquidados no dia 22 de janeiro, com as recompras programadas para 4 de novembro e 2 de dezembro de 2025, respectivamente. O BC informou que a taxa de câmbio utilizada será a do boletim Ptax das 10h, atualmente fixada em R$ 6,06 bilhões para as operações.

Os leilões com recompra são instrumentos utilizados pelo Banco Central para equilibrar a volatilidade do mercado cambial. Com o regime de câmbio flutuante adotado pelo Brasil, essas operações servem como uma ferramenta para suavizar oscilações bruscas do real frente ao dólar, garantindo maior previsibilidade aos agentes econômicos.

"As reservas internacionais atuam como um colchão de segurança, permitindo ao Brasil enfrentar choques externos, como crises cambiais ou interrupções nos fluxos de capital", destacou o BC em nota. Atualmente, o país possui cerca de US$ 330 bilhões em reservas internacionais, compostas principalmente por títulos, depósitos em moedas estrangeiras – como dólar, euro e iene –, além de ouro e outros ativos administrados pela autoridade monetária.

Relevância das reservas internacionais

O montante de reservas funciona como uma proteção estratégica para o Brasil, permitindo maior resiliência frente a cenários externos adversos. Essas reservas, além de contribuírem para a estabilidade do mercado de câmbio, também reforçam a confiança dos investidores estrangeiros na economia nacional.

Com os leilões desta segunda-feira, o BC busca demonstrar seu compromisso em manter a funcionalidade do mercado cambial, atenuando as pressões de curto prazo sobre a moeda brasileira. A expectativa é que, com a liquidação prevista para esta semana, os mercados obtenham maior previsibilidade e segurança, mesmo em um cenário global desafiador.

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Fernanda Strickland
postado em 20/01/2025 15:09
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