
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, entende que não deve haver problemas com os avanços de investimentos em energia limpa e renovável no país, mesmo com as políticas adotadas pelo governo de Donald Trump, nos Estados Unidos, que promete reduzir substancialmente os estímulos à redução de carbono na indústria.
Após ter discursado em um evento de inauguração de uma biorrefinaria no município de São Miguel dos Campos, em Alagoas, Alckmin reforçou a parceria centenária entre Brasil e Estados Unidos e lembrou que, em 2024, houve um crescimento das transações comerciais entre os dois países.
“Nós exportamos US$ 40 bilhões aos Estados Unidos no ano passado e eles exportaram para nós US$ 40,5 bilhões. Então não é um problema. A balança é até favorável para os Estados Unidos. Eles exportam mais para nós, do que nós para eles”, disse o vice.
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“O que precisamos ver é o 'ganha-ganha'. Comércio exterior é 'ganha-ganha', em benefício da coletividade. O que você faz melhor lá, eu compro aqui, o que eu faço melhor e mais barato aqui eu vendo para lá. Essa é a lógica do comércio exterior e o Brasil bateu recorde de exportação no ano passado”, acrescentou Alckmin.
Uma das primeiras medidas de Trump como presidente foi a saída oficial dos EUA do Acordo de Paris, repetindo a mesma ação feita no primeiro mandato do atual presidente. Ele revogou o Plano Internacional de Financiamento Climático dos EUA. Até 2024, os investimentos do país nas Nações Unidas em temas relacionados à mudança do clima representavam cerca de 21% de todo o orçamento do órgão responsável pelo assunto na ONU.