
A Agência Nacional de Petróleo (ANP) realizou, nesta terça-feira (17/6), o quinto ciclo de Oferta Permanente de Concessão de blocos de petróleo. Foram ofertados 16 setores com blocos exploratórios, incluindo a bacia da Foz do Amazonas. Do total ofertado, 65 estão localizados na Margem Equatorial.
Foram leiloados mais de 16 mil quilômetros quadrados de território para exploração na bacia da Foz do Amazonas. Até o momento, foram vendidos 19 pontos na região, 40,04% dos territórios oferecidos na bacia.
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Os lotes foram comprados pela Petrobras, ExxonMobil, Chevron Brasil e CNPC Brasil. A ANP correu contra o tempo para realizar o certame, que precisava acontecer antes de 18 de junho, quando vencem várias manifestações dos ministérios do Meio Ambiente (MMA) e de Minas e Energia (MME) autorizando a oferta de áreas.
Além de lideranças indígenas, ambientalistas e cientistas, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas da Petrobras (Anapetro), o Ministério Público Federal (MPF) e o Instituto Arayara também recorreram à Justiça contra o certame.
Protestos
O leilão acontece meses antes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30, que será realizada em novembro em Belém (PA), e é alvo de protestos no Brasil e na Alemanha, onde está acontecendo a Conferência de Bonn, reunião preparatória para a COP.
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No Rio de Janeiro, um grupo de manifestantes está concentrado em frente ao hotel em que está sendo realizado o certame, na Zona Oeste da capital fluminense. O movimento, organizado pelo Instituto Arayara, tem como slogan "o leilão do juízo final".
“Enquanto a ANP insiste em leiloar novos blocos de petróleo e gás, comunidades costeiras, áreas sensíveis e o compromisso do Brasil com a transição energética estão sob ameaça direta. A 5ª Oferta Permanente pode abrir caminho para mais desastres ambientais e aprofundar a crise climática”, diz o instituto em nota.
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