![Tocantins é o primeiro estado do Brasil a efetivar a comercialização de créditos de carbono no mercado voluntário, utilizando o padrão internacional ART TREES (Architecture for REDD+ Transactions) para a certificação
[20:49, 03/07/2025] +55 61 8189-7494: Crédito: Ascom Governo do Tocantins - (crédito: Ascom Governo do Tocantins) Tocantins é o primeiro estado do Brasil a efetivar a comercialização de créditos de carbono no mercado voluntário, utilizando o padrão internacional ART TREES (Architecture for REDD+ Transactions) para a certificação
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O estado do Tocantins apresentou, no 13 Fórum de Lisboa, um conjunto de iniciativas ambientais que o colocam entre os protagonistas da política climática brasileira. Pioneiro na implementação do sistema jurisdicional REDD+ no país, o governo tocantinense expôs os avanços na comercialização de créditos de carbono, a criação de uma plataforma de inteligência geográfica para o meio ambiente e o maior plano estadual de combate a queimadas de sua história.
Durante sua participação no painel “Governança Ambiental e Agenda Verde: Inovação para o Século XXI”, o governador Wanderlei Barbosa destacou o pioneirismo do Tocantins na inserção do estado no mercado internacional de créditos de carbono. Segundo o governo, a projeção é de arrecadar R$ 2,5 bilhões entre 2020 e 2030 com a venda dos créditos, gerados a partir da redução do desmatamento e da degradação florestal em seu território. O volume potencial estimado supera os 50 milhões de créditos, desde que as metas ambientais sejam cumpridas integralmente.
“Essa conquista representa um marco para a política ambiental brasileira, reforçando o compromisso do estado com o desenvolvimento sustentável e com soluções inovadoras no enfrentamento das mudanças climáticas”, afirmou o governador durante o evento.
Tocantins foi o primeiro estado do Brasil a efetivar a comercialização de créditos de carbono no mercado voluntário, utilizando o padrão internacional ART TREES (Architecture for REDD+ Transactions) para a certificação. A submissão do modelo jurisdicional ocorreu durante a COP 29, realizada em novembro de 2024, em Baku, Azerbaijão. O sistema jurisdicional confere ao estado autonomia para estabelecer metas próprias de preservação e implementar políticas de alto impacto ambiental, com foco na conservação da vegetação nativa.
Outro destaque da apresentação foi o lançamento, em maio deste ano, do Plano Integrado de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais de 2025. Com investimento superior a R$ 17 milhões, a iniciativa reúne ações de prevenção, monitoramento e resposta rápida às queimadas, visando proteger os biomas e garantir a segurança da população tocantinense.
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No campo da inovação, o governo estadual lançou, em junho, o Cigma Tocantins – uma plataforma digital do Centro de Inteligência Geográfica em Gestão do Meio Ambiente. O sistema fornece dados e indicadores ambientais em tempo real, permitindo análises geoespaciais, elaboração de relatórios interativos e monitoramento contínuo de focos de incêndio. Pela primeira vez, o estado passou a classificar os focos de queimada com base na natureza da queima: prescrita, controlada ou não autorizada.
Encerrando sua exposição, Wanderlei Barbosa reforçou o papel dos entes subnacionais na construção de soluções climáticas duradouras. “A cooperação internacional é essencial, e os estados brasileiros devem assumir protagonismo na construção de uma agenda verde eficaz para o século XXI”, destacou.
O painel também contou com a presença de lideranças públicas e empresariais, como o governador do Pará, Helder Barbalho; a colaboradora da presidência do Conselho Nacional do Ministério Público, Maria Tereza Uille; o CEO da Cosan, Marcelo Martins; o presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa; e o executivo da BRF, Bruno Ferla. A moderação ficou a cargo de Caio Resende, diretor do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).