
A atividade econômica no Brasil mostrou sinais de desaceleração no segundo trimestre de 2025, de acordo com os dados divulgados na manhã desta terça-feira (2/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 0,4% no período ante o trimestre anterior, quando a alta foi de 1,4%.
Ao todo, o PIB totalizou R$ 3,2 trilhões no 2T25, segundo o IBGE. Os principais motivadores para a queda nesse período foram a agropecuária, que recuou 0,1%, além de indústria e serviços, que variaram positivamente em 0,5% e 0,6%, respectivamente. Também houve queda de 0,6% do consumo do governo e de 2,2% dos investimentos, enquanto que o consumo das famílias avançou 0,5%.
Apesar do crescimento menor, o PIB trimestral manteve a trajetória positiva que já dura quatro anos. A última vez em que a atividade econômica registrou queda em relação ao período anterior ocorreu no segundo trimestre de 2021, quando houve retração de 0,6%. Consequentemente, o PIB atingiu o maior patamar da série histórica no 2T25.
As atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados puxaram o setor de serviços para cima, com crescimento de 2,1% no período, enquanto que informação e comunicação (1,2%), transporte, armazenagem e correio (1,0%), outras atividades de serviços (0,7%) e atividades imobiliárias (0,3%) também variaram positivamente. A atividade de comércio ficou estável no trimestre, enquanto que administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social recuou 0,4%.
No caso da indústria, houve o crescimento de 5,4% nas atividades relacionadas à indústria extrativa, em relação ao primeiro trimestre. Apesar do resultado positivo, determinados setores, como eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-2,7%), indústrias de transformação (-0,5%) e Construção (-0,2%) recuaram no mesmo período.
Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o PIB registrou alta de 2,2%, em consequência, sobretudo, do resultado da atividade agropecuária, que avançou 10,1%, a partir do aumento da produtividade de alguns produtos da lavoura, na avaliação do IBGE. Já os setores de Indústria e Serviços avançaram 1,1% e 2%, respectivamente.
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