Selic

Haddad considera 'injustificável' patamar de juros e vê espaço para queda

Ministro da Fazenda defende atuação do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e destaca que inflação caminha para níveis próximos ao teto da meta, de 4,5%

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou nesta terça-feira (23/9) como “injustificável” o atual patamar da taxa básica de juros (Selic), de 15% ao ano, e afirmou que enxerga espaço para reduções diante do cenário inflacionário atual.

Apesar da crítica, o chefe da equipe econômica defendeu a atuação do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, destacando que ele assumiu a autoridade monetária em um período de crise e deve entregar um “resultado consistente”.

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“Se você me perguntar se acho justificável os juros estarem nesse patamar, eu acredito que não, mas não estou no lugar dele [Galípolo]”, disse em entrevista ao ICL. “Essa opinião é compartilhada por boa parte do mercado financeiro”, acrescentou.

O ministro também observou que Galípolo “herdou um problema” da diretoria anterior. “Foi uma transição muito complexa, não simples, e que, na minha opinião, não foi devidamente diagnosticada”, avaliou.

Haddad ressaltou ainda que, mesmo após a alta do dólar no fim do ano passado, a inflação já caminha para níveis próximos ao teto da meta, de 4,5%. “Acredito que Galípolo chegará a um momento em que reunirá a diretoria para tomar essa decisão. Entendo que há espaço para que os juros caiam”, afirmou.

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