
O deficit primário do Governo Central atingiu R$ 100,4 bilhões no período entre janeiro e setembro de 2025, de acordo com o Relatório do Tesouro Nacional (RTN) divulgado nesta quinta-feira (30/10). O rombo é pouco inferior ao registrado nos três trimestres iniciais do ano anterior, quando o resultado foi de R$ 103,6 bilhões. No período deste ano, o Tesouro Nacional e o Banco Central atingiram um superavit de R$ 185,9 bilhões, enquanto a Previdência Social teve deficit de R$ 286,3 bilhões.
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Somente no mês de setembro, o resultado foi deficitário em R$ 14,5 bilhões, o que representa um aumento do saldo negativo na comparação com o mesmo mês do ano anterior, quando o deficit foi de R$ 5,4 bilhões, a preços correntes. No mesmo período, a receita líquida registrou um aumento, em termos reais, de R$ 1,1 bilhão (0,6%), ao passo em que a despesa total teve um aumento de R$ 10,2 bilhões (5,7%), se comparada a setembro de 2024.
Já o resultado conjunto do Tesouro Nacional e do Banco Central foi superavitário em R$ 6,4 bilhões, ao mesmo tempo em que a Previdência Social (RGPS) registrou deficit de R$ 20,9 bilhões. O decréscimo da receita líquida no mês foi resultado da combinação da queda de 1% das Receitas Administradas pela Receita Federal (R$ 1,4 bilhão), além do aumento real de 11,9% da arrecadação para a Previdência Social.
Os principais destaques em relação às receitas administradas se devem ao aumento no recolhimento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), de R$ 2,3 bilhões, e do Imposto de Renda, em R$ 4,6 bilhões. Por outro lado, houve queda de R$ 5 bilhões nas arrecadações do Imposto de Renda para Pessoas Jurídicas (IRPJ) e de R$ 3,3 bilhões no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e outros tributos.
Pelo lado dos gastos, os principais responsáveis pelo aumento das despesas foram o acréscimo de R$ 10,6 bilhões nas despesas discricionárias do Poder Executivo. As despesas em Saúde (R$ 4,1 bilhões) foram as que mais tiveram impacto nesse resultado.
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