A Confederação Nacional da Indústria (CNI) comemorou a retirada da Medida Provisória 1.303/2025 na pauta do Congresso Nacional nesta quarta-feira (9/10). O presidente da entidade, Ricardo Alban, acredita que o texto representaria um novo aumento desnecessário de carga tributária e cita possíveis impactos para o setor produtivo.
“A Câmara dos Deputados evitou mais um aumento de carga tributária, deixando o setor produtivo menos sobrecarregado para contribuir para o crescimento do país. Entendemos que os parlamentares agiram com responsabilidade, pois as compensações ao IOF afetariam toda a sociedade e atingiriam diretamente o consumidor brasileiro”, comentou.
A MP caducou ontem (8), após não ser votada no prazo final para que isso ocorresse. O texto estabelecia o aumento da tributação sobre rendimentos, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA), além de elevar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para determinadas instituições financeiras. O objetivo da medida era compensar a perda de arrecadação com a derrubada do aumento das alíquotas do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).
- Leia também: Lula diz que discutirá resposta à derrubada da MP e pede para Haddad e Gleisi "relaxarem"
Também havia a previsão de aumentar a tributação sobre bets, de 12% para 18%, mas a proposta foi retirada pelo deputado Zarattini (PT-SP) pouco antes do texto ser inteiramente derrubado. Em nota, o presidente da CNI ainda classifica que a MP sufocaria o setor produtivo, citando ainda o nível elevado da taxa de juros atualmente. “Este seria mais um duro golpe no setor produtivo, enquanto as bets, por outro lado, seriam poupadas”, concluiu.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Saiba Mais
-
Economia "Vivemos tempos de incertezas políticas e instabilidade muito profundas", diz Pavan Sukhdev
-
Economia IPCA volta a acelerar em setembro e acumula 5,17% nos últimos 12 meses
-
Economia Decisão do Supremo sobre IOF nos dá conforto para chegar até o fim do ano, diz Haddad
-
Economia Fraudes no INSS: PF cumpre 66 mandados de prisão em sete estados e no DF
