
O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), agradeceu, na quarta-feira (8/10), o apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para a derrubada da Medida Provisória (MP) 1303. A retirada da pauta foi considerada uma derrota do governo atual.
“Eu quero agradecer alguns governadores que trabalharam muito esta noite. Governador Tarcísio, do estado de São Paulo, que inclusive já foi atacado na outra tribuna porque começam a se preocupar com o Tarcísio e o principal estado do país", comentou o deputado, logo após a manobra da oposição, na tribuna do parlamento.
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“Tarcísio, receba do alto da tribuna da Câmara dos Deputados o nosso reconhecimento, a nossa gratidão por todo o seu empenho. Você tem sido um gigante no diálogo com os presidentes de partidos de centro, para que a gente possa fazer essa coalizão em prol do Brasil contra aumento de impostos, contra um Brasil inchado, uma máquina pública que não há dinheiro que aguente para bancar uma data de tanta esquerdalha mamando nas tetas do governo", continuou. De acordo com Sóstenes, Tarcísio, atualmente, é o maior líder do centro-direita do Brasil.
Tarcísio desmentiu, porém, o líder do PL para a Folha. “Estou focado em SP, tem muita coisa acontecendo. Acho que ele pode ter falado por uma questão de deferência. Ocorre que a pauta de aumento de tributo não tem aderência no Congresso."
Aliados do governo acreditam que a oposição agiu para derrubar a MP, que seria considerada uma vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para futura campanha eleitoral em 2026.
O petista afirmou ontem, logo após a articulação da direita, que a retirada da pauta não é uma derrota do governo, e sim da população. “Não é uma derrota imposta ao governo, mas ao povo brasileiro, O que está por trás dessa decisão é a aposta de que o país vai arrecadar menos para limitar as políticas públicas e os programas sociais que beneficiam milhões de brasileiros. É jogar contra o Brasil”, disse.
A medida provisória para retirada das pautas da Câmara foi aprovada por 251 votos a 193. A votação aconteceu no último dia do prazo de validade do texto. Dessa forma, a MP caducou.
O trabalho, enviado pelo governo em julho, previa o aumento de taxas em rendimentos de aplicações financeiras e apostas esportivas. A medida era considerada essencial para o equilíbrio fiscal e compensaria a revogação do decreto que elevava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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