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Após reunião de Trump e Lula, bolsa bate recorde histórico

Ibovespa atingiu maior pontuação da história durante o dia e encerrou esta segunda-feira (27/10) no patamar mais alto de fechamento

Após um encontro bem sucedido entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, na Ásia, o mercado financeiro reagiu positivamente e o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa/B3) encerrou as operações nesta segunda-feira (27/10) no maior patamar de fechamento da história, aos 146.969 pontos, após uma alta de 0,55%.

As ações dos grandes bancos impulsionam a alta da bolsa brasileira no primeiro dia da semana. Os papeis do Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITSA4) registraram valorizações de 0,83% e 0,35%, respectivamente, enquanto que os do Banco do Brasil (BBAS3) avançaram 1,61%. Também houve variação positiva nas ações preferenciais da Petrobras (PETR4), que subiram 0,69%.

Além de bater recorde no fechamento, o Ibovespa também alcançou a maior pontuação nominal da história ao longo do dia, quando bateu a máxima de 147.976 pontos. Na avaliação do analista da Ouro Preto Investimentos Sidney Lima, o resultado da bolsa foi sustentado por um cenário externo mais favorável e por leituras que reforçam o apetite por risco no Brasil.

“O principal combustível desse movimento foi o otimismo global decorrente de sinais de que os EUA e a China estariam próximos de um entendimento que reduziria tensões comerciais, o que fortalece o apetite por ativos de mercados emergentes como o Brasil”, destaca Lima.

Além da aproximação do encontro entre Trump e o presidente da China, Xi Jinping, que está previsto para a próxima quinta-feira (30/10), o mercado interno também reage ao avanço das negociações entre Brasil e Estados Unidos, após a reunião dos dois líderes na Ásia. Nesta segunda-feira, o dólar comercial fechou o dia em queda de 0,42%, a R$ 5,37.

Para o analista de investimentos, um fator relevante para o Brasil foi a confiança dos dois presidentes em avançar em um acordo comercial benéfico para os dois países. “O receio de escalada de conflito comercial se aliviou, favorecendo o humor de investidores locais, que enxergam uma possível reabertura ou intensificação do comércio Brasil–EUA como suporte para crescimento de exportações, câmbio e lucro corporativo”, destaca.

Nos Estados Unidos, inclusive, as bolsas também fecharam no azul, diante da expectativa nas negociações internacionais e na pacificação com a China. O Dow Jones fechou o pregão em alta de 0,71%, enquanto que Nasdaq e S&P 500 subiram 1,23% e 1,86%, respectivamente. Para o economista-chefe da Bluemetrix Asset, Renan Silva, o mercado norte-americano ainda segue otimista após a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) — o núcleo de inflação dos EUA —, que veio abaixo do esperado.

“A maior parte das apostas no mercado financeiro acreditam em mais dois cortes de juros por parte do Federal Reserve. E isso pode gerar um fluxo positivo para nossa bolsa de valores que tem descontos bastante significativos em dólar”, pontua o especialista.

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