
O Banco Central divulgou, nesta terça-feira (11/11), a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) dos últimos dias 4 e 5 de novembro, quando o grupo decidiu manter a taxa básica de juros no mesmo patamar de 15% ao ano pela quarta vez consecutiva. Apesar da queda recente nas projeções de inflação para 2025 e 2026, o Copom acredita que as expectativas de preço ainda estão “desancoradas” e que o BC deve manter uma política monetária contracionista por tempo “bastante prolongado”.
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“Enfatizou-se que os vetores inflacionários seguem adversos, como resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, expectativas de inflação desancoradas e projeções de inflação elevadas. Tal cenário prescreve uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado para assegurar a convergência da inflação à meta”, destaca o documento.
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Apesar do tom ainda duro, o Copom reforça que já dá para perceber uma moderação gradual da atividade econômica, com “certa diminuição da inflação”, além de redução nas expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Ainda hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados do IPCA de outubro, que apontam uma desaceleração para 0,09% no mês.
Além disso, a projeção do Boletim Focus para a inflação oficial está cada vez mais próxima ao teto da meta, de 4,5%. A Ata do Copom considera que já há “maior convicção” de que o patamar Selic atual é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta, apesar de frisar no mesmo documento que não hesitará se tiver que aumentar novamente a taxa.
“No entanto, o Comitê seguirá vigilante e não hesitará em retomar o ciclo de alta se julgar apropriado. Reafirmou-se o firme compromisso com o mandato do Banco Central de levar a inflação à meta”, conclui.

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