Mercado

Ações do BRB fecham em forte queda em meio a imbróglio do Master

Outras empresas ligadas ao banco de Daniel Vorcaro, como Oncoclínicas e Emae, também derreteram na B3

O BRB informou que vai contratar uma auditoria externa  -  (crédito: BRB)
O BRB informou que vai contratar uma auditoria externa - (crédito: BRB)

As ações do Banco de Brasília (BRB) encerraram o dia com uma queda de 5,33%, vendidas a R$ 7,64, nesta quarta-feira (19/11). A instituição financeira ligada ao Governo do Distrito Federal (GDF) está envolvida no imbróglio do Banco Master, que teve liquidação extrajudicial decretada no dia anterior, pelo Banco Central. O BRB anunciou, em março, uma oferta para comprar o Master, mas que foi rejeitada pela autoridade monetária meses depois.

Fique por dentro das notícias que importam para você!

SIGA O CORREIO BRAZILIENSE NOGoogle Discover IconGoogle Discover SIGA O CB NOGoogle Discover IconGoogle Discover

A queda dos papéis do banco estatal de Brasília revela o forte impacto na confiança da instituição entre os investidores. Em menos de 24 horas, o BRB teve três presidentes: Paulo Henrique Costa, afastado do cargo logo após a prisão do dono do Master, Daniel Vorcaro; Celso Eloi, que chegou a ser indicado pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, mas foi reconduzido à diretoria do banco; e Nelson Souza, ex-presidente da Caixa e do Banco do Nordeste, que assume o cargo a partir desta quarta.

Mais cedo, o BRB informou que vai contratar uma auditoria externa para investigar as suspeitas de fraudes mencionadas na Operação Compliance Zero, que prendeu Vorcaro e outros sócios e diretores do Master. O banco reafirmou o compromisso de transparência e prestação de informações, e que o Conselho de Administração da empresa seguirá acompanhando de forma contínua os desdobramentos dos fatos.

Oncoclínicas e Emae também recuaram

Além do Banco de Brasília, as ações de outras empresas que tinham dinheiro investido no Master desabaram nesta quarta-feira. Os papéis da Oncoclínicas (ONCO3) fecharam em queda de 7,26% no final do pregão. A empresa ligada ao ramo da saúde mantinha R$ 433 milhões em Créditos de Depósito Bancário (CDBs) no banco de Vorcaro.

Já a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) (EMAE4), que até 2024 pertencia ao estado de São Paulo e foi privatizada recentemente, registrou uma queda de 7,6% nas ações no mesmo dia. A Emae tinha R$ 140 milhões em CDBs do Master por outra instituição do grupo controlado por Vorcaro, o Banco Lestbank.

No final do dia, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa/B3) registrou queda de 0,65%, aos 155,5 mil pontos, após um novo dia de desvalorização dos ativos dos grandes bancos, em razão dos desdobramentos do caso Master. Já o dólar comercial fechou em alta de 0,39%, cotado a R$ 5,33.

  • Google Discover Icon
postado em 19/11/2025 21:08 / atualizado em 19/11/2025 21:09
x