
A confiança do consumidor voltou a crescer em novembro e alcançou o maior patamar em quase um ano, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (24/11) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre).
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou 1,3 ponto, chegando a 89,8 — o nível mais alto desde dezembro de 2024. Na média móvel trimestral, o indicador também subiu, indo a 88,6 pontos.
De acordo com a economista Anna Carolina Gouveia, o movimento confirma uma trajetória de recuperação gradual, com alta pelo terceiro mês consecutivo. “Houve melhora disseminada entre as faixas renda, tanto das percepções sobre a situação atual quanto das expectativas”, afirmou.
Um dos destaques do levantamento é o indicador que mede a percepção sobre a situação econômica local, que atingiu o maior nível desde o início de 2014. “A melhora da confiança nos últimos meses reflete a manutenção de um mercado de trabalho forte e, principalmente, o recente alívio da inflação”, avaliou.
O resultado de novembro foi puxado por altas nos dois componentes do ICC. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 1,8 ponto e chegou a 84,8, melhor marca desde dezembro de 2014. Já o Índice de Expectativas (IE) avançou 1 ponto, para 93,8.
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Sinais positivos, mas juros podem frear economia
Entre os itens que compõem o ISA, a percepção sobre a situação econômica local atual teve leve alta, para 95,8 pontos, enquanto a avaliação da situação financeira das famílias avançou 3,3 pontos, interrompendo duas quedas seguidas.
No IE, melhoraram tanto as projeções sobre a situação financeira futura das famílias, que subiram para 92,9 pontos, quanto a intenção de compras de bens duráveis, que chegou a 84,6 pontos. A única queda do mês foi no indicador que mede as expectativas para a economia local, que recuou para 104,7 pontos.
“Apesar dos sinais positivos, a persistência de juros altos pode alterar essa dinâmica ao frear a economia, e pelo contexto de elevado endividamento e inadimplência das famílias”, alertou Gouveia.

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