Sistema financeiro

Liquidação do Master seguiu todo o procedimento legal, diz presidente do BC

Galípolo afirma que o BC cumpriu todos os procedimentos na intervenção do Banco Master, rebate críticas de supervisão e condena a desinformação nas redes sociais

"O BC trabalhou desde o primeiro minuto", disse Galípolo durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou nesta terça-feira (25/11) que a autarquia cumpriu integralmente os procedimentos legais no processo de intervenção e liquidação do Banco Master, realizado na semana passada. 

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“O BC trabalhou desde o primeiro minuto”, disse durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Ele agradeceu o trabalho do Ministério Público, da Polícia Federal e do Judiciário, responsáveis pela condução das etapas criminais e judiciais do caso.

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Galípolo ressaltou que liquidações bancárias frequentemente se arrastam por décadas no Judiciário e afirmou que o Banco Central está seguindo, no caso Master, exatamente o que prevê a legislação. Ele também destacou que não cabe à autarquia avaliar “a conveniência” de operações ou aquisições feitas pelo mercado. “O BC cumpre o que está no gabarito da norma legal”, reforçou.

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu que a Corte examine possíveis falhas ou omissões do Banco Central (BC) na fiscalização e supervisão do Banco Master e de suas subsidiárias. Na representação, o MP solicita ainda que o tribunal avalie se a liquidação extrajudicial do banco pode representar risco sistêmico para o setor financeiro.

O presidente do BC aproveitou a audiência para criticar a disseminação de informações distorcidas nas redes sociais e o que chamou de “especialistas de WhatsApp”. Segundo ele, decisões regulatórias inevitavelmente desagradam setores com interesses contrariados, o que alimenta interpretações oportunistas na internet.

“Toda decisão vai provocar algum tipo de setor que não pode ser agradado, ou algum tipo de interesse que possa ser desagradado”, afirmou. “E aí você pode juntar a dificuldade de transmitir a informação com algum eventual oportunismo nas redes sociais, ou impor algum tipo de interesse próprio ou corporativo.”

Galípolo disse ainda que a autoridade monetária enfrenta o desafio de comunicar decisões técnicas.

 

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postado em 25/11/2025 13:00 / atualizado em 25/11/2025 13:04
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