
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, Guilherme Campos Júnior, destacou que a atuação firme do governo federal tem fortalecido a presença brasileira no exterior e impulsionado a abertura de mercados. Durante o o 5º Brasília Summit – Segurança Jurídica no Agro, promovido pelo LIDE em parceria com o Correio Braziliense nesta quarta-feira (3/12), ele afirmou que o Brasil tem condição de “mostrar que o que se produz aqui é de alta qualidade”.
Ele ressaltou no evento que a defesa sanitária do país “é muito alta, se não for a melhor”, o que, segundo ele, “é um grande ativo” para o agronegócio.
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Campos Júnior salientou que a articulação internacional tem sido constante e lembrou que o ministro Carlos Fávaro “leva consigo todos os grandes produtores rurais” para ofertar produtos e ampliar negócios. “São mais de 500 novos mercados abertos ao longo desses anos. Esse número mostra o quanto o agro brasileiro é competitivo”, afirmou.
Ao comentar a imagem internacional do setor, o secretário defendeu que o país superou a visão restrita de fornecedor de insumos. “O agro brasileiro não é mais o celeiro do mundo. O agro brasileiro é o supermercado do mundo”, disse. Ele argumentou que a combinação entre produtividade, manejo e inovação sustenta essa posição e admitiu que o avanço “assusta muita gente”.
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Campos Júnior acrescentou que o governo acompanha permanentemente o cenário interno para garantir estabilidade regulatória e reforçou que o Plano Safra está em “processo contínuo de melhoramento” para atender a um segmento “dinâmico, que exige ajustes constantes”.
Ainda em sua fala, o secretário abordou disputas judiciais e questionamentos relacionados a operações de crédito no campo. Segundo ele, há casos em que produtores tentam recorrer a instrumentos legais apenas quando enfrentam dificuldades. “Tem muita gente que aproveitou a fase em que tudo dava certo e agora tenta, por artifícios que a lei permite, alongar dívidas e renegociar compromissos”, afirmou.
Campos Júnior ressaltou que eventuais alterações em regras ou contratos dependem do Judiciário e alertou para a necessidade de separar quem está “efetivamente no campo” de quem entrou no setor em períodos mais favoráveis.
O secretário de Política Agrícola citou também episódios recentes na Europa e nos Estados Unidos envolvendo críticas à qualidade da carne brasileira. Ele recordou declarações de um representante de uma rede varejista francesa. “Quem não se lembra daquele episódio em que um iluminado do Carrefour da França falou que a carne brasileira não era estática?”, questionou.
Ele afirmou que a resposta do governo foi imediata. “Graças a uma atuação firme, soberana, liderada pela Presidência e conduzida pelo ministro, o Brasil marcou posição”, disse. A orientação passada foi que se o produto brasileiro não serve ao cliente do Carrefour da França, “também não vale para o cliente do Carrefour no Brasil”. O episódio, contou, levou a uma reação coordenada de produtores e à suspensão da compra da rede no país, reforçando a estratégia de defesa comercial brasileira no exterior.

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