LIDE BRASÍLIA - 5º BRASÍLIA SUMMIT

Ex-ministro critica burocracia e diz que Brasil tem vocação para o agro

País tem gargalos que impedem crescimento maior com sustentabilidade, na avaliação de Antônio Cabrera, titular do Mapa entre 1990 e 1992

Antônio Cabrera, ex-ministro da agricultura -  (crédito: Reprodução/YouTube)
Antônio Cabrera, ex-ministro da agricultura - (crédito: Reprodução/YouTube)

O ex-ministro da Agricultura, Antônio Cabrera, disse que o Brasil ainda possui desafios importantes para expandir o potencial agrícola nos próximos anos. Na visão do antigo titular da pasta, a burocracia estatal é uma das maiores inimigas desse progresso. Cabrera citou o exemplo de espécies, como tilápias e eucalipto, que foram consideradas como danosas ao ecossistema recentemente e no qual o Brasil é forte economicamente.

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Na visão do ex-ministro, o maior gargalo atualmente é a importação de fertilizantes. “De 80% a 90% dos nossos fertilizantes são importados”, destacou o ex-ministro, nesta quarta-feira (3/12), durante o 5º Brasília Summit – Segurança Jurídica no Agro, promovido pelo LIDE em parceria com o Correio Braziliense.

“Nós tivemos em Autazes (AM) há 10 anos em uma das maiores minas de potássio. Cloreto de potássio é um dos principais produtos para a cultura da soja. Foi judicializado e essa licença caiu porque essa área de minério de potássio está há 8 km de uma reserva indígena. E aí o Ministério Público judicializou, derrubou essa licença e a gente não pôde explorar e está aí agora tentando reativar essa licença”, acrescentou.

O painelista ainda lamentou a falta de hidrovias no Brasil e disse que o país tem três “mississipis” — em referência ao maior rio dos Estados Unidos e um dos maiores do mundo — que não podem ser utilizados para essa prática. “O Araguaia, por exemplo, está judicializado. Nós não conseguimos fazer. É tão interessante que nós não estamos conseguindo fazer a Ferrogrão. Mato Grosso, que é o maior estado agrícola do país, tem 200 km de ferrovia. A Ferrogrão vai ter 900 e está judicializada porque não é que ela cruza uma área indígena, mas ela cruza uma área de reserva”, comentou o ex-ministro.

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postado em 03/12/2025 20:38 / atualizado em 03/12/2025 20:41
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