CB.DEBATE

Nordeste será protagonista na energia offshore, diz diretor da ABEEólica

Marcello Cabral cita as condições naturais favoráveis da região e a capacidade produtiva que já existe em relação às usinas alocadas em terra firme

"Que as riquezas que o Nordeste produz também possam ser aproveitadas e centralizadas no próprio Nordeste", destaca Cabral - (crédito: Ed Alves CB/DA Press)

A região Nordeste caminha para ser a protagonista nacional da geração de energia elétrica por meio das usinas eólicas offshore — no mar territorial —, de acordo com a visão do diretor de Novos Negócios da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Marcello Cabral, que destacou as potencialidades dos estados em investir em novas tecnologias neste campo.

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“Quando a gente está falando de energia, um ponto que é fundamental é a gente conseguir acelerar a transmissão. A energia, as linhas de transmissão que hoje estão no Nordeste não estão alinhadas com o tamanho que o Nordeste tem hoje já de energia renovável e nem com o que ele ainda vai se tornar”, destacou o diretor, durante o CB.Debate: Os avanços do Nordeste, realizado nesta quinta-feira (4/12) pelo Correio Braziliense em parceria com o Banco do Nordeste (BNB).

Cabral disse que a geração de energia nas offshores deve ser uma realidade mais concreta nos próximos oito a 10 anos e que o Nordeste teria todas as condições de liderar essa transformação. Segundo ele, há uma vantagem competitiva real pela qualidade de vento, do mar, e de acesso a outros mercados. “Enfim, a energia eólica offshore tem o potencial de no Nordeste catalisar ainda mais o desenvolvimento daquela região”, acrescentou.

O diretor, no entanto, comentou sobre a questão da estabilidade regulatória para se investir, que na visão dele ainda é um entrave para o crescimento na região e em todo o país. Sobre esse assunto, ele ressaltou que o Nordeste sofre com algumas empresas que tentam se instalar naquela região e não conseguem estabelecer uma conexão com o local. Segundo Cabral, isso passa pela insegurança com as leis e a falta de incentivos para essas companhias.

“Outro desafio é que a gente consiga capacitar a mão de obra local para que essa riqueza que o Nordeste tem de recursos naturais possa gerar benefícios para o povo local, para a região local. Que a gente deixe de ser um exportador de riqueza e passemos a ser um concentrador. Que as riquezas que o Nordeste produz também possam ser aproveitadas e centralizadas no próprio Nordeste”, concluiu o diretor da ABEEólica.

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postado em 04/12/2025 15:23 / atualizado em 04/12/2025 15:26
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