
O Parlamento Europeu deu um novo passo para a concretização do acordo entre a União Europeia e o Mercosul. Nesta terça-feira (16/12), os deputados aprovaram, por 431 votos a 161, uma série de medidas que prevêem mecanismos de salvaguarda para o setor agrícola, que é um dos mais insatisfeitos com esse processo. Produtos mais sensíveis, como carne bovina, aves e açúcar, serão supervisionados e, caso seja constatado um desequilíbrio prejudicial de mercado, a UE poderá aplicar tarifas adicionais.
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Apesar das regras mais duras, elas podem garantir a aceitação do acordo por países ainda relutantes, como a França, que ainda deseja adiar a discussão para 2026. A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, no entanto, espera assinar o acordo com o bloco sul-americano no próximo sábado (20), durante a Cúpula do Mercosul, na cidade de Foz do Iguaçu.
Entre as medidas aprovadas hoje, está a possibilidade de que a Comissão Europeia intervenha se o preço de um produto do Mercosul for pelo menos 5% inferior ao equivalente europeu e também caso o volume das importações isentas de direitos aduaneiros cresça acima de 5%. Inicialmente, a proposta previa limites de 10%, que foram endurecidos com a versão final aprovada no parlamento.
Ao contrário da França, que deve ser um entrave para a concretização do termo, a Alemanha — maior economia do bloco — defende a assinatura do acordo no próximo fim de semana. Quem pode ser a fiel da balança é a Itália, da primeira-ministra Giorgia Meloni, que tem dado sinais opostos a respeito do apoio do país ao tema nos últimos meses.

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