Futebol Internacional

Em jogaço com duas viradas, Real Madrid e Manchester City empatam em 3 x 3

Com reviravoltas para ambos os lados, Real Madrid vira o jogo em dois minutos na primeira etapa, sofre dois golaços de Foden e Gvardiol na segunda, mas empata novamente para fechar placar elástico; Decisão da eliminatória, válida pelas quartas de final da Liga dos Campeões, será decidida em Manchester, na próxima quarta-feira (17/4)

O gol marcado foi o quarto de Rodrygo na atual edição da Liga dos Campeões  -  (crédito: Pierre-Philippe MARCOU / AFP)
O gol marcado foi o quarto de Rodrygo na atual edição da Liga dos Campeões - (crédito: Pierre-Philippe MARCOU / AFP)
postado em 09/04/2024 17:55

Alucinante. Foi esse o ritmo imposto durante o empate entre Real Madrid e Manchester City, em 3 x 3, pela partida de ida das quartas de final da Liga dos Campeões, nesta terça-feira (9/4). Em um Santiago Bernabéu lotado, com 84 mil torcedores nas arquibancadas e ainda com direito ao luxo do teto retrátil fechado, para garantir mais sonoridade à festa blanca, o amante do futebol europeu pôde experienciar um confronto repleto de bom futebol e emoção. Assim como a grandiosidade das equipes envolvidas prometiam.

A alcunha de “final antecipada” fez jus ao que se viu na primeira parte dos 180 minutos do embate entre espanhóis e ingleses. Mesmo com peças importantes como desfalques, os protagonistas da noite de futebol na Espanha souberam escolher bem os respectivos substitutos.

Do lado madridista, coube a Tchouameni e Lunin, mais uma vez, substituírem Militão e Courtois, respectivamente. Carente de Ederson, Walker, Aké e De Bruyne, este último com problemas estomacais, os Blue Moons se viram mais prejudicados. Voltam, porém, vivos para a partida da volta. 

O confronto, logo nos minutos iniciais, expunha a competitividade de ambos os lados desde o princípio. Com apenas dois minutos no relógio, o placar foi aberto. O primeiro gol das quartas de final foi marcado pelo português Bernardo Silva, à favor do time visitante.

Em cobrança de falta do lado esquerdo do ataque, o meio-campista flagrou o goleiro ucraniano Lunin fora de posição. O momento de êxtase maior, porém, veio dez minutos depois. Num intervalo de 120 segundos, o Real Madrid mostrou as credenciais e evidenciou o por quê é conhecido como o grande personagem da história do torneio.

Com gols de Rúben Dias (contra) em batida de Camavinga e outro de Rodrygo, a equipe de Madri, como um num passe de mágica, virou a partida. A segunda etapa, entretanto, guardava mais reviravoltas. Com dois golaços, marcados, ambos de fora da área, e em lados diferentes do ataque, Foden e Gvardiol marcaram mais duas vezes em nome do time inglês e decretaram nova virada. Minutos depois, a estrela de Vini Jr. brilhou. Com passe pelo alto, encontrou Valverde do lado direito, que deu números finais ao jogo. 

Para o segundo encontro, marcado para a próxima quarta-feira (17/4), em Manchester, o Real Madrid não poderá contar com o volante Tchouameni, peça fundamental no primeiro terço do campo em decorrência das lesões sofridas por Alaba e Militão, os titulares no miolo da defesa.

O francês está suspenso do jogo em questão por acúmulo de cartões amarelos. Falando nisso, Jude Bellingham e Vini Jr., pendurados, ficarão de fora de um eventual primeiro jogo das semifinais caso também recebam punições desta natureza. Agraciado com o encontro decisivo em casa, o City deverá contar com os retornos de De Bruyne e Aké.

O jogo

Não houve tempo nem mesmo para respirar. Apesar de propor o ritmo de jogo com postura mais ofensiva, era cedo demais, mesmo para o Manchester City, fazer qualquer prognóstico do comportamento da equipe na partida. A combinação entre o croata Gvardiol e o inglês Jack Grealish, porém, fez efeito.

Do lado esquerdo do ataque, foi o próprio britânico que sofreu uma falta que, até então, parecia despretensiosa. Na cobrança, porém, Bernardo Silva foi inteligente e abriu o placar. Calejado, no entanto, o Real Madrid não se abalou.

Em dois minutos, virou a partida como se nada fosse. Em contra-ataque, Camavinga contou com desvio de Rubén Dias para empatar. Em novo contragolpe, Rodrygo recebeu passe de Vini Jr. em profundidade, para bater na saída de Ortega e virar o jogo. O intenso ritmo proposto nos primeiros minutos, porém, se esfriou.

Os últimos instantes da primeira etapa ainda guardavam os grandes momentos de emoção. Em ritmo intenso, a partida dava indícios de caminhar mais para o lado do Real Madrid. É para isso, porém, que servem os grandes jogadores.

Em ótimo momento, Phil Foden tirou da cartola um belo chute de fora da área, de perna esquerda, para dar a igualdade ao placar. Minutos depois, o croata Gvardiol também resolveu fazer bonito. Com a perna direita, a fraca, em teoria, superou o goleiro Lunin para marcar outro golaço. A moda, no entanto, pegou no Bernabéu. De dentro da área, Valverde, com longo passe de Vini Jr., resolveu que não se contentaria com a derrota. De voleio, bateu de primeira e deu números finais ao primeiro capítulo do confronto: 3 x 3. 

Ficha técnica:

Real Madrid 3 x 3 Manchester City

Gols: Bernardo Silva, Phil Foden e Gvardiol (Man. City); Rodrygo, Ruben Dias (contra) e Valverde (Real Madrid)

Público: 84 mil

Cartões amarelos: Tchouameni e Carvajal (Real Madrid); Akanji e Bernardo Silva (Manchester City)

Arbitragem: François Letexier (França)

Real Madrid

Lunin; Carvajal, Tchouameni, Rudiger e Mendy; Kroos (Modric), Camavinga, Valverde e Bellingham; Vini Jr. (Joselu) e Rodrygo (Brahim Díaz). Técnico: Carlo Ancelotti


Manchester City

Ortega; Gvardiol, Akanji e Ruben Dias; Rodri, Bernardo Silva, Foden (Alvarez), Grealish e Kovacic; Haaland. Técnico: Pep Guardiola

*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima

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