Dezesseis de abril de 2024. O calendário traz um importante lembrete: faltam 101 dias para a abertura dos Jogos Olímpicos. Mas a festa marcada para 26 de julho, às margens do Rio Sena, em Paris, pode estar perto para alguns e longe para outros. Parte ainda busca vagas nas últimas chamadas, enquanto mais uma parcela realiza ajustes para brilhar na Cidade Luz. No entanto, a largada para a primeira e mais longa maratona da 34ª edição do evento foi dada hoje, na Grécia, com o acendimento da tocha e o início da jornada até a França.
O palco da tradicional cerimônia foi o Templo de Hera, em Olímpia, cidade considerada o berço das disputas da Antiguidade e inspiração para o nome da maior celebração do esporte. A formalidade começou por volta das 5h20 (de Brasília), 11h20 no horário local. Um dos símbolos mais importantes dos Jogos, o fogo foi gerado a partir de raios de sol refletidos em um espelho parabólico e transferido para a tocha projetada pelo francês Mathieu Lehanneur, inspirada em três pilares: Paris, Igualdade e Paz.
Serão 101 dias de peregrinação, 11 deles na Grécia. Por lá, o primeiro dos 600 personagens aptos a carregar a tocha olímpica foi o medalhista de ouro no skiff simples do remo, o grego Stéfano Doúskos. Além de Olímpia, o objeto percorrerá 500km e cruzará 41 cidades. O revezamento no país terminará em 26 de abril, na capital Atenas, com um rito de entrega da chama para os franceses no Estádio Panathenaic, construído para a primeira edição da Era Moderna do evento, em 1896.
A tocha embarca rumo à França em 27 de abril, a bordo do veleiro centenário Belém. A iniciativa de cruzar o Mar Mediterrâneo à vela faz parte do programa de sustentabilidade do Comitê Organizador. A embarcação atraca em Marselha em 7 de maio, um dia antes do início da maratona de 64 etapas por 400 cidades francesas.
O primeiro mês do amuleto olímpico será dedicado a chegar até Brest, no noroeste do país. Depois, contemplará três continentes com territórios ultramarinos do país: Guadalupe (América Central), Guiana Francesa (América do Sul), Martinica (América Central), Polinésia Francesa (Oceania), Nova Caledônia (Oceania) e Ilha da Reunião (África). A jornada fora da Europa durará nove dias.
O retorno brindará os cidadãos da costa leste do país antes de concluir em Paris, em 26 de julho. De maio a junho, o fogo terá passado pelas mãos de 10 mil personalidades. O objetivo do revezamento de 68 dias é mostrar ao mundo a história francesa, as pessoas por trás dela, além da diversidade cultural e patrimônios naturais.
"Será lindo! Por meses e anos, as coletividades locais estão muito envolvidas na organização dos Jogos, que acontecem em sete regiões e 11 departamentos. São os Jogos mais descentralizados da história. Foi importante ter territórios ultramarinos cobertos, essa parte do revezamento será linda", discursou a ministra do esporte francês, Amélie Oudéa-Castera.
Marco dos 100 dias
O Comitê Olímpico do Brasil realiza, amanhã, no Rio de Janeiro, uma celebração de contagem regressiva de 100 dias para a abertura dos Jogos de Paris-2024. O evento será realizado no Morro da Urca, patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Haverá divulgação do planejamento de reta final para a disputa, anúncio de embaixadores, ações publicitárias, desfile de atletas e lançamento do Livro Olímpico.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br