Os quatro semifinalistas da edição de 2023/2024 da Uefa Champions League estão definidos. Real Madrid e Bayern de Munique são os sortudos donos das duas vagas restantes e se enfrentarão na penúltima fase da principal competição interclubes do Velho Continente. Eles se juntam à PSG e Borussia Dortmund, classificados na última terça-feira (16/4) e adversários do outro lado da chave.
Após a conclusão do jogo de ida com um empate por 3 x 3, no Santiago Bernabéu, tanto Manchester City quanto Real Madrid precisavam vencer, por qualquer placar, para avançar à próxima fase. Foram os espanhóis, porém, que tiveram mais fôlego para suportar a pressão.
Nos pênaltis, venceram pelo placar de 4 x 3 (1 x 1 durante a partida, 4 x 4 no agregado), com o brilho do goleiro Lunin. Da marca da cal, o ucraniano pegou dois pênaltis, e classificou a equipe à segunda semifinal consecutiva da competição. Com bola rolando, Los Blancos, com Rodrygo, abriram o placar, e De Bruyne, após longo período de pressão do City no ataque, empatou a partida.
No outro jogo da noite, foi o Bayern de Munique o grande vencedor da eliminatória diante do Arsenal. Com o triunfo, o time alemão, junto ao esquadrão madrilenho, serão responsáveis por dar forma a um clássico do continente. Os bávaros, que também chegaram ao jogo de volta com um empate em mãos, venceram o clube do leste de Londres, por 1 x 0 (3 x 2, no agregado).
Em jogo disputado, souberam vencer os avanços do Arsenal pelas beiradas, principalmente com Saka e Martinelli, e aproveitaram uma das poucas chances que tiveram. Em jogada bem trabalhada, Kimmich se posicionou bem dentro da área e completou cruzamento do lateral português Raphael Guerreiro com um peixinho. A forte batida na bola não deu chance ao goleiro dos rivais, David Raya.
Água mole em pedra dura...
Agraciado com a presença da própria torcida na partida decisiva, o Manchester City entraria em campo com o favoritismo do confronto a seu favor. O princípio da disputa, no entanto, mostrou que o futebol é capaz de surpreender nos mais diversos contextos.
Agressivo, o Real Madrid contava com a velocidade da dobra brasileira entre Vinicius Júnior e Rodrygo do lado esquerdo. Mesmo com a intenção dos ingleses em reter a posse da bola, a equipe de Ancelotti mostrou a razão por ser tão temida em transições ofensivas. Durante contra-ataque, Bellingham chegou primeiro na disputa com Rodri e lançou Vini Jr.
Do outro lado da área, Rodrygo apareceu livre para completar o cruzamento do compatriota. Ederson, outro brasileiro envolvido no lance, porém, fez milagre, mas, no rebote, não teve jeito: 1 x 0 para os espanhóis, com gol do ex-Santos. Necessitado de uma mudança brusca de cenário, o City passava, cada vez mais, a empurrar o adversário para trás, campo de defesa adentro. A estratégia é um dos grandes trunfos do repertório dos Cityzens.
Mesmo paciente, bem postado e ágil, o time azul não mostrava capacidade de vencer os bloqueios Blancos. As tentativas eram sucessivas. Nem Grealish, do lado esquerdo, Foden, do direito, e o craque De Bruyne, por dentro, eram capazes de acertar as ações finais na área adversária. O Real Madrid, calejado na competição, utilizava o drama ao próprio favor e mostrava entender a necessidade de sofrer.
Com isso, coube a Guardiola usar a cabeça. O ponta esquerda Doku, substituído no lugar de Grealish, foi quem fez a diferença. A 'sacada' do treinador espanhol deu à equipe um jogador mais agudo. Em jogada na linha de fundo, foi ele mesmo quem contou com falha de Rudiger após cruzar para dentro da área, e deixar De Bruyne, no rebote, em condições de bater e dar nova igualdade ao marcador e ao placar agregado.
O peso das penalidades
Com a persistência do empate até mesmo durante a prorrogação, o caminho da decisão passaria pelos pênaltis. Apesar do esforço de Ederson para defenedr a primeira cobrança, o time de Manchester não foi capaz de aproveitar a chance de largar na frente. Bernardo Silva e Kovacic mostraram nervosismo nos momentos decisivos das cobranças. Em batidas fracas, pararam na estrela do ucraniano Lunin.
Tranquilo na linha do gol, saltou, em ambas as vezes, do lado direito, para fazer as defesas. Mesmo com todos os gols de Foden e Ederson, nada pôde fazer o time mandante para mudar o cenário negativo. Bellingham, Lucas Vázquez, Nacho Fernández e Rudiger marcaram e sacramentaram a classificação do Real Madrid.
Ficha técnica:
Manchester City 1 (4) x (4) 1 Real Madrid, (3 x 4 pênaltis) - quartas de final Uefa Champions League, jogo de volta
Local: Etihad Stadium, Manchester
Arbitragem: Daniele Orsato (Itália)
Gols: Tempo normal - Rodrygo (Real Madrid) ; De Bruyne (Manchester City)
Prorrogação - (-)
Pênaltis: Acertados - Álvarez, Phil Foden e Ederson (Manchester City) ; Bellingham, Lucas Vázquez, Nacho Fernández e Rudiger (Real Madrid)
Para fora - (-)
Defendidos - Modric (Real Madrid) ; Bernardo Silva, Kovacic (Manchester City)
Cartões amarelos: Gvardiol, Grealish e Rodri (Manchester City) ; Carvajal e Mendy (Real Madrid)
Manchester City
Ederson; Rúben Dias, Walker e Gvardiol; Akanji (John Stones), Rodri, Foden, De Bruyne (Kovacic), Bernardo Silva e Grealish (Doku); Haaland (Álvarez). Técnico: Pep Guardiola
Real Madrid
Lunin; Carvajal (Militão), Rudiger, Nacho Fernández e Mendy; Valverde, Camavinga, Kroos (Modric) e Rodrygo (Brahim Díaz); Vinicius Jr (Lucas Vázquez). e Bellingham. Técnico: Carlo Ancelotti
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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