Mesmo sob forte expectativa, a Inglaterra entendeu que apenas dispor de um farto elenco pode não ser o suficiente para vencer o primeiro título de Eurocopa da própria história. Fortemente pressionada durante boa parte do confronto, o English Team empatou com a Dinamarca por 1 x 1 nesta quinta-feira (20/6), na Frankfurt Arena, em Frankfurt, em uma aparição apagada.
Apesar de ter saído na frente do placar com jogada proveitosa de Kyle Walker e desencanto de Harry Kane, a Inglaterra não foi capaz de manter o ritmo positivo nos momentos seguintes. O lapso de performance foi positivo. O lateral direito se aproveiotu bem de cochilo do ala esquerdo rival Kristiansen, e penetrou a área de Schmeichel para rolar para o centroavante marcar o primeiro dele no torneio.
A seleção vermelha, porém, tinha proposta de jogo bem definida. Não deixou se abalar com o gol tomado. Através do apoio intenso no ataque dos dois alas, tinha uma linha de cinco compacta na defesa. Com trocas rápidas de passe, ia ao ataque com frequência. Quando não tinha a bola, aguardava por um vacilo inglês. Dessa forma, empatou a partida.
O meio-campista Hjulmand acertou um chute de 114km/h, de fora da área, para vencer Pickford. O que sucedia o gol marcado veio a se tornar em uma pilha de nervos par aos ingleses. Nem mesmo a presença de de Príncipe William, primeiro na linha de sucessão do dono britânico após o Rei Charles III, parecia dar a sorte necessária. Enquanto isso, o Rei Frederik 10º, da Dinamarca e também presente no estádio em Frankfurt, parecia se colocar como o amuleto da vez.
A equipe 'azarã' colocava a Inglaterra em apuros, como um pugilista nas cordas. Empilhava chances de gol, enquanto as adversárias, estáticas no ataque, e nervosas para sair jogando na defesa, pouco faziam. Em chutes de Christian Eriksen, Hojlund e Poulsen, colocou Pickford para trabalhar.
Se não fossem os esforços do goleiro do Everton, somados aos bons posicionamentos do volante Gallagher e a velocidade de Trippier e Walker nas coberturas, a equipe de Gareth Southgate poderia ter saído derrotada do confronto.
O treinador, inclusive, durante o segundo tempo, chegou a fazer alterações expressivas, sobretudo no ataque. Sacou Kane, Saka e Foden, e apostou em peças menos badaladas. Watkins e Eze fizeram boas campanhas de Campeonato Inglês por Aston Villa e Crystal Palace, respectivamente, mas pouco entregaram em campo.
Bowen, substituto de Saka no flanco direito, também não surtiu efeito. Para fazer com que a equipe encaixe e supra a expectativa diante de si em decorrência do fortíssimo elenco que tem, precisará fazer mudanças.
Enquanto isso, a Dinamarca deixa o gramado em Frankfurt com boas sensações. Salvo erros pontuais, por pouco não foi ao vestiário triunfante. A boa e síncrona atuação coletiva fica como o ponto positivo da equipe de Kasper Hjulmand. Até aqui, segue invicta. Porém, ainda não venceu a primeira. Para avançar na última rodada, precisará derrotar a Sérvia, na próxima terça-feira (15/6), às 16h. Caso não some três pontos, torcerá para que os eslovenos tropecem diante da própria Inglaterra.
Estes últimos, aliás, tinham a chance em mãos de ir à terceira rodada apenas para cumprir tabela. Uma vitória teria garantido a classificação antecipada ao mata-mata. Até aqui, apenas a Alemanha está garantida. Um triunfo simples no mesmo dia, no mesmo horário contra a Eslovênia, porém, será o suficiente pela manutenção da busca do primeiro título da competição da história dos Three Lions.
O jogo
A Dinamarca, no princípio, era capaz de impor o próprio estilo de jogo mesmo sem a bola. Com o objetivo de se aproveitar de qualquer bola sobrada, jogava pelo erro da Inglaterra. Em uma linha de cinco, jogava compacta na defesa e não mostrava intenções de que daria espaços a adversária para penetrar a primeira linha.
A Inglaterra, no entanto, dispõe de um elenco talentosíssimo. Poucas seleções no mundo podem dizer que possuem uma equipe de nomes tão técnicos quanto o English Team. Apesar de não ser brilhante, mostrava disposição para, da mesma forma, aproveitar de oportunidades. E, por isso incrível que pareça, abriu o placar exatamente em cima de um erro da oposição.
Com a bola no pé, o ala esquerdo Kristiansen cochilou, e Walker, na velocidade, atuou como ladrão e armou um contra-ataque. Já dentro da área, rolou para Harry Kane bater de pé esquerdo e abrir o placar. A Dinamarca não se abalou com o gol sofrido. Mais estridente, ia para cima para correr atrás do prejuízo. A nova postura travava as ações britânicas.
O gol de empate dinamarquês, no entanto, veio de forma inesperada. Em um erro de marcação dos Three Lions, Hjulmand resolveu arriscar. De fora da área, encontrou o canto de Pickford com uma porrada de velocidade de 114km/h.
Já na segunda etapa, a Dinamarca forçava a Inglaterra ao erro com marcação alta e pressão constante. Em diversas ocasiões, esteve perto de ser premiada. Chutes de Eriksen, Poulsen e Hojlund colocaram Pickford para trabalhar. Enquanto a equipe de vermelho dava trabalho e chegava cada vez mais perto do gol adversário, o time trajado de branco parecia cada vez mais estático, e mais longe da meta de Schmeichel. Por sorte, o árbitro português Artur Soares Dias apitou o fim do confronto: 1 x 1.
Ficha técnica:
Inglaterra 1 x 1 Dinamarca - Segunda rodada da fase de grupos da Euro 2024
Data: Quinta-feira, 20 de junho de 2024
Local: Frankfurt Arena, Frankfurt
Arbitragem: Artur Manuel Ribeiro Soares Dias (Portugal)
Gols: Harry Kane (Inglaterra) ; Hjulmand (Dinamarca)
Cartões amarelos: Vestergaard, Maehle, Norgaard (Dinamarca) ; Gallagher (Inglaterra)
Inglaterra
Pickford; Walker, Guéhi, Stones e Trippier; Rice, Alexander-Arnold (Gallagher), Saka (Eze), Bellingham e Foden (Bowen); Kane (Watkins). Técnico: Gareth Southgate
Dinamarca
Schmeichel; Maehle, Christensen, Vestergaard, Andersen e Kristiansen (Bah); Hjulmand (Norgaard), Hojbjerg e Eriksen; Hojlund (Poulsen) e Wind (Damsgaard). Técnico: Kasper Hjulmand
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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