O gol de falta de Raphinha encerrou o jejum de quatro anos da Seleção Brasileira sem marcar em cobranças de falta, mas não foi suficiente para vencer a Colômbia nesta terça-feira (2/7) e se classificar como líder do Grupo D da Copa América. O empate por 1 x 1 colocou o Uruguai no caminho da Amarelinha nas quartas de final, no sábado (6/7), e evidenciou uma equipe ainda em experimentação, nervosa e com abstinência de uma referência.
O Brasil abusou dos erros na saída de bola e faltas desnecessárias. Pilhou jogadores da Colômbia, chamou-os ao ataque e pouco agrediu. O excesso de velocidade nas pontas contrastar com a ausência de um jogador entre os zagueiros adversários, capaz de segurar a bola e de finalizar com qualidade. Frágil, a Seleção sofreu 13 finalizações, tomou três cartões amarelos, um que gerou o desfalque de Vini Jr. contra o Uruguai e aumentou os questionamentos sobre escalação e metodologia.
- Seleção Brasileira quebra jejum de quatro anos sem anotar gol de falta
- Costa Rica encerra Copa América de forma digna e derrota o Paraguai
Atuações
Alisson — Nota: 6,0
Fez cinco defesas importantes e de alto grau de dificuldade, como na cobrança de falta venenosa de James Rodríguez.
Danilo — Nota: 5,0
Ao contrário dos jogos contra Costa Rica e Paraguai, não conseguiu ser participativo na construção, falhou em saídas de bola e recorreu a faltas.
Éder Militão — Nota: 5,0
Pecou na quantidade de passes e lançamentos errados, além das perdas de posse de bola.
Marquinhos — Nota: 5,5
Teve desempenho individual melhor do que o do companheiro de zaga. Levou a melhor em divididas no chão e teve maior aproveitamento nos passes.
Wendell — Nota: 5,0
Titular pela segunda vez consecutiva, pouco se projetou ao ataque e exagerou na dose de bolas perdidas.
Bruno Guimarães — Nota: 6,0
Principal responsável pela transição ataque-defesa, desarmou e cumpriu o papel de passador com bom aproveitamento: 90%. Arriscou chute de fora.
João Gomes — Nota: 5,5
Tomou um cartão amarelo no primeiro tempo, que inibiu chegadas mais firmes para conter os homens de criação da Colômbia. Buscou alternativas nos setores direito e esquerdo.
Lucas Paquetá — Nota: 5,0
Um dos destaques na vitória sobre o Paraguai, camisa 8 manteve o nível. Ocupou muito mais o setor defensivo esquerdo e foi substituído por Andreas Pereira no intervalo.
Raphinha — Nota: 6,5
Fez valer a chance oferecida por Dorival Júnior. Começou bem pela direita, mas caiu rendimento conforme a Colômbia se soltava. Único chute ao gol foi o da falta que abriu o placar.
Rodrygo — Nota: 5,0
Foi o mais apagado do trio de ataque. Não acertou dribles, foi desarmado e não finalizou nenhuma vez ao gol.
Vinicius Junior — Nota: 6,0
Cartão amarelo após cotovelada em James Rodríguez no início da partida o deixou pilhado e de fora das quartas de final. Esteve descalibrado, sem acerto de dribles e com uma finalização para muito longe do gol.
Dorival Júnior (técnico) — Nota: 5,0
Poderia ter se saído bem com a aposta em Raphinha. Porém, a falta de consistência defensiva pesar novamente. Frágil, viu a equipe sofrer 10 finalizações e jogar com ânimos exagerados. Promoveu todas as mudanças, mas nenhuma surtiu efeito.
Reservas
Andreas Pereira — Nota: 5,0
Assumiu a responsabilidade de articulador com a saída de Paquetá. Optou por acionar Vinicius Junior, mas sem o êxito da bola certeira. Foi desarmado quatro vezes e sofreu três dribles. Acertou chute de fora da área nos acréscimos.
Éderson — Nota: 5,0
Assumiu a função do amarelado João Gomes aos 27 minutos do segundo tempo. Acertou 13 passes, mas não foi eficiente para conter os perigos colombianos.
Savinho — Sem nota
Pouco participativo após a entrada no lugar de Rodrygo.
Endrick — Sem nota
Entrou aos 40 minutos do segundo tempo, no lugar de Endrick.
Douglas Luiz — Sem nota
Substituiu Bruno Guimarães aos 40 minutos.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br