
A 350 dias da tradicional Copa do Mundo, as seleções precisam incluir o calor no sonho do cobiçado título. Das 11 cidades-sede do torneio de clubes, cinco também serão anfitriãs no próximo ano: New Jersey, Philadelphia, Atlanta, Miami e Seattle. Portanto, a experiência das comissões técnicas dos times podem ajudar no planejamento. O evento será compartilhado com o Canadá e o México. Consequentemente, muitas variações climáticas.
Uma pesquisa liderada pela Queen's University Belfast usou 20 anos de dados meteorológicos para mostrar o quão quentes os estádios ficam durante um verão médio. O estudo usou o termômetro de bulbo úmido, adotado pela Fifa. A medida de estresse térmico combina calor e umidade. Cidade do México e Vancouver são as únicas onde a temperatura não passou do limite potencialmente perigoso de 28°C. Em quatro, pode atingir o limite na Copa do Mundo de 2026, ou seja, 32°C.
Em um ano normal, mais de 80% dos dias de junho e julho excedem 28°C em Dallas, Houston e Miami. "O início da manhã ou o fim da noite seriam melhores na maioria dos locais", alerta o cientista climático Dr. Donal Mullan. "Se eu fosse dar um conselho à Fifa, eu diria para evitar as tardes, das 12h às 18h. Isso reduziria enormemente o risco de calor extremo", recomenda o especialista.
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A Fifa projetou três dias de descanso para cada seleção na Copa de 2026. Mesmo assim, o médico reforça o apelo a Gianni Infantino. "Eles voltarão para o calor escaldante, então há um risco para os espectadores, bem como para os jogadores e árbitros", reforça Mullan.
"Agendar jogos em estádios sem sombra, às 12h, e promover patrocinadores dependentes do petróleo, mostra que a Fifa está perigosamente alheia à ameaça que o calor extremo representa para seus principais torneios de verão", criticou Peter Crisp, do Fossil Free Football, engajado em eventos esportivos sem patrocinadores poluentes do meio ambiente.
Um dos trunfos do Brasil na caça ao hexa é o conhecimento de causa do técnico italiano Carlo Ancelotti. Em 1994, era auxiliar do técnico da Squadra Azzurra, Arrigo Sacchi, e sentiu na pele os efeitos do calor extremo nos EUA na campanha do vice.
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