A arrancada do São Paulo no Campeonato Brasileiro com uma derrota, um empate e cinco vitórias consecutivas depois da paralisação da Série A para a Copa do Mundo de Clubes tem um protagonista, o técnico argentino Hernán Crespo, e vários coadjuvantes. Um deles nasceu no Distrito Federal. Aos 28 anos, José Sabino Chagas Monteiro aproveita a chance proporcionada pelos olhos de lince de um técnico tetracampeão nacional.
Muricy Ramalho recomendou o beque à diretoria no ano passado. O coordenador técnico do São Paulo convenceu a cúpula a fazer o investimento e a diretoria contratou Sabino em março do ano passado. Aprovado, o jogador de 28 anos teve o contrato renovado até 2026 e se firmou na linha de três defensores estabelecida configurada por Hernán Crespo. Ele forma as três torres ao lado do equatoriano Arboleda e de Alan Franco. Ferraresi também é uma das opções no setor para o qual acaba de chegar o experiente Rafael Tolói.
Sabino costuma atuar no lado esquerdo na linha de três e não se limita ao papel de zagueiro. Quando é possível, avança ao ataque e posa de artilheiro. Ele balançou as redes contra o Talleres na fase de grupos da Libertadores e marcou no fim de semana passado nos 3 x 0 contra o Vitória, no MorumBis, pela última rodada do primeiro turno.
Maior entusiasta da contratação, Muricy Ramalho conversou com o Correio nesta semana sobre a satisfação com o acerto. "É um prazer falar do Sabino porque eu apostei no trabalho dele. Nós trouxemos o Sabino do Sport. Ele estava com o dedo do pé quebrado, se recuperando ainda. É muito difícil um clube apostar em um jogador como ele estava, ou seja, contundido, mas eu o conhecia muito bem e apostei nele. Conversei, a diretoria acreditou. Claro que foi um longo período. Tivemos primeiro de recuperá-lo da contusão".
O zagueiro também demandou tempo para entrar em forma. "Depois tivemos de recuperar a parte física dele para entrar em forma. Ele também aceitou um desafio de um pequeno contrato no começo (90 dias e 20% do salário recebido no Sport em 2023). Ele apostou na gente e nós no Sabino e fomos recuperando pouco a pouco", conta Muricy. Sabino tinha problemas com o peso, mas derrotou a balança. "Ele voltou a jogar em alto nível, fez um contrato mais longo e está jogando bem", elogia Muricy.
Canhoto, Sabino agradou pela qualidade na saída de bola e em um quesito considerado fundamental pelo discípulo de Telê Santana. "É um jogador muito disciplinado, que qualquer treinador gostaria de ter. Quando está fora está bem, quando joga também é ok. Então é isso, a história do Sabino é um cara que brigou muito, batalhou muito por essa carreira e teve gente que acreditou no trabalho dele, o São Paulo acreditou e ele está em alto nível com o Crespo. Jogava também com Luis Zubeldia", lembra.
Uma outra virtude do brasiliense é a inteligência tática para se adequar às variações. "Joga muito bem como terceiro zagueiro, tem uma saída de bola muito boa. É um cara que nós gostamos demais, além de atleta, como pessoa, como caráter, como atleta, pessoa do bem. No São Paulo a gente olha muito isso. Ele é um desses caras diferenciados", elogia.
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